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Aurélio Miguel admite que chegou tarde, mas diz que, se perder, tudo bem
Alex Almeida/Folha Imagem
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O campeão olímpico Aurélio Miguel, que começou a praticar judô no São Paulo e disputa a presidência do clube com Juvenal |
DA REPORTAGEM LOCAL
O vereador pelo PR e candidato à presidência do São Paulo, Aurélio Miguel, admite que
se anunciou tarde como voz de
oposição. "Amigos dizem que,
se a candidatura tivesse sido
lançada antes, poderiam ter
saído na chapa. Mas entendimento e consenso demoram."
A candidatura do ex-judoca
surgiu no dia 12 de fevereiro,
num momento em que a oposição, sustentada por cardeais
como Fernando Casal de Rey e
Bastos Neto, andava quieta.
Ninguém queria enfrentar o
franco-favorito Juvêncio.
Aurélio, 43, rechaça as acusações de pouco assíduo do
clube. "Falam muita besteira.
Deveria ter trazido todas as
carteirinhas para você, o número era o 10.910, quando era
dependente do meu pai", diz o
campeão olímpico em Seul-88,
que iniciou o judô no clube,
onde ficou até a adolescência.
Desde 2004, é conselheiro.
Ele reconhece que a eleição
não é fácil. "Laudo Natel [ex-presidente do São Paulo] diz
que a oposição é importante
quando fiscaliza e atua. Quero
colocar ao associado o que pretendo. Se ganhar, tudo bem. Se
perder, tudo bem também."
Tampouco garante que, daqui a três anos, poderá ser candidato. "Política é momento,
não sei se terei o mesmo espaço que tive hoje", afirma ele,
que garante não tentar a reeleição na Câmara de Vereadores de São Paulo caso vença no
clube. Também rechaça quem
diz que sua investida é uma
manobra midiática para a reeleição como vereador.
No futebol, carro-chefe do
clube, tem poucas críticas, a
maioria direcionada à base.
"Desde o CT de Cotia, comprado em 2004, só revelamos o
Breno. Algo está errado."
Ele aprova o técnico Muricy
Ramalho e dá a entender que
poria um ex-jogador no comando do futebol. "Você tem
que botar pessoas do ramo.
Quem entrou lá e sentiu a
pressão da torcida, como o
brasileiro que está no Milan
[Leonardo]", diz. Sobre o projeto do Morumbi na Copa-14,
promete levar adiante.
Para o esporte amador, prega investimento com responsabilidade e parcerias. Diz que
pode usar patrocinadores para
aparelhar academia de ginástica e ter estacionamentos e restaurante maiores. Crê assim
que o clube poderá investir
mais no amador.0
(JT E MDA)
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