São Paulo, sábado, 08 de março de 2008

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Aurélio Miguel admite que chegou tarde, mas diz que, se perder, tudo bem

Alex Almeida/Folha Imagem
O campeão olímpico Aurélio Miguel, que começou a praticar judô no São Paulo e disputa a presidência do clube com Juvenal


DA REPORTAGEM LOCAL

O vereador pelo PR e candidato à presidência do São Paulo, Aurélio Miguel, admite que se anunciou tarde como voz de oposição. "Amigos dizem que, se a candidatura tivesse sido lançada antes, poderiam ter saído na chapa. Mas entendimento e consenso demoram."
A candidatura do ex-judoca surgiu no dia 12 de fevereiro, num momento em que a oposição, sustentada por cardeais como Fernando Casal de Rey e Bastos Neto, andava quieta. Ninguém queria enfrentar o franco-favorito Juvêncio.
Aurélio, 43, rechaça as acusações de pouco assíduo do clube. "Falam muita besteira. Deveria ter trazido todas as carteirinhas para você, o número era o 10.910, quando era dependente do meu pai", diz o campeão olímpico em Seul-88, que iniciou o judô no clube, onde ficou até a adolescência. Desde 2004, é conselheiro.
Ele reconhece que a eleição não é fácil. "Laudo Natel [ex-presidente do São Paulo] diz que a oposição é importante quando fiscaliza e atua. Quero colocar ao associado o que pretendo. Se ganhar, tudo bem. Se perder, tudo bem também."
Tampouco garante que, daqui a três anos, poderá ser candidato. "Política é momento, não sei se terei o mesmo espaço que tive hoje", afirma ele, que garante não tentar a reeleição na Câmara de Vereadores de São Paulo caso vença no clube. Também rechaça quem diz que sua investida é uma manobra midiática para a reeleição como vereador.
No futebol, carro-chefe do clube, tem poucas críticas, a maioria direcionada à base. "Desde o CT de Cotia, comprado em 2004, só revelamos o Breno. Algo está errado."
Ele aprova o técnico Muricy Ramalho e dá a entender que poria um ex-jogador no comando do futebol. "Você tem que botar pessoas do ramo. Quem entrou lá e sentiu a pressão da torcida, como o brasileiro que está no Milan [Leonardo]", diz. Sobre o projeto do Morumbi na Copa-14, promete levar adiante.
Para o esporte amador, prega investimento com responsabilidade e parcerias. Diz que pode usar patrocinadores para aparelhar academia de ginástica e ter estacionamentos e restaurante maiores. Crê assim que o clube poderá investir mais no amador.0 (JT E MDA)


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