São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2010

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quase

Santos dá status de triunfo a empate

No último minuto, Portuguesa perde chance de matar a partida e permite aos santistas, sem show, igualarem o placar

Portuguesa 1
Santos 1

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
Jogadores do Santos festejam o gol do empate contra a Portuguesa

LUCAS REIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao mesmo tempo em que certas coisas só acontecem com a Portuguesa, tudo parece conspirar a favor do Santos.
Ontem, no duelo no Canindé, foi exatamente assim.
A Lusa interrompeu uma série de nove vitórias consecutivas do Santos, líder isolado e sensação deste Campeonato Paulista, ao empatar em 1 a 1.
Mas, no fim, quem comemorou foram os santistas.
A Portuguesa vencia até os 44min do segundo tempo. Parecia a consagração: em minoria em seu próprio estádio, os torcedores já comemoravam a quebra do tabu santista.
Em um contra-ataque da Portuguesa, no último minuto, o atacante Luis Ricardo dispara livre, limpa a jogada e, na hora de chutar para matar a partida, sente uma lesão na coxa. E cai no gramado. O Santos recupera a bola, sai em disparada e, após cruzamento do apagado Paulo Henrique Ganso e rebote do goleiro Fábio, o meia Zé Love, que entrara no segundo tempo, empata a partida.
O "Cirque du Soleil", sem nenhum espetáculo, sem show nem pedaladas, na base da pressão, mantém a liderança do campeonato, agora com 32 pontos. Perdeu a série de vitórias, entretanto mantém uma invencibilidade de 11 partidas, com dez vitórias (uma pela Copa do Brasil) e este empate.
À Lusa restou o consolo de, passadas 13 rodadas, não ter sido batida pelos grandes: venceu o São Paulo e empatou com Palmeiras, Corinthians e Santos, com o mesmo placar, 1 a 1. E também a amarga sensação de, mais uma vez, ficar no quase.
A Lusa dominou completamente no primeiro tempo. Com três zagueiros, o treinador Vágner Benazzi armou um time extremamente defensivo, que anulou o badalado trio Ganso-Neymar-Robinho.
Mais, tocava bem a bola e deixava o meio-campo do Santos, com apenas um volante, Arouca, perdido. E abriu o placar.
Marcou Antonio, num passe de primeira, deixou Héverton na cara do gol. O meia tocou no canto direito para fazer 1 a 0.
Robinho mal tocou na bola na primeira etapa -Dorival Jr. sacou Roberto Brum e lançou Marquinhos para reforçar o meio-, e a Portuguesa continuava chegando bem, criando boas chances, sem sucesso.
O Santos começou o segundo tempo correndo mais, tocando melhor a bola. A Lusa visivelmente entrou para se defender.
Os novos meninos da Vila continuavam sem brilho, mas criavam chances na base da pressão. O time perdeu ao menos cinco lances claros de gol. Já a Lusa usava a grande arma do Santos, os contra-ataques. Perdeu três ótimas chances de matar o jogo. Héverton, na cara do gol, perdeu a melhor delas.
Após tanta pressão santista, aumentada com as entradas de Zé Love e Madson, o gol de empate veio aos 44min. Robinho quase virou aos 51min, mas o goleiro Fábio defendeu.
Aos torcedores santista, euforia e êxtase. À Lusa, novamente, a sensação do quase.


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