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Eficientes, Santos e São Paulo esnobam Paulista
Já classificados e cumprindo tabela, líder e vice-líder põem times B na reta final
Para Luxemburgo, elenco consegue manter padrão de jogo; Muricy, que também disputa dois campeonatos, não quer sacrificar atletas
JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para um jogo que pouco vale,
nada melhor do que optar pela
lei do mínimo esforço. Regra
que hoje pode ser aplicada para
os jogadores titulares de Santos
e São Paulo, atuais líder e vice
do Paulista, respectivamente.
Restando apenas duas rodadas para o fim da fase de classificação às semifinais, o Santos,
líder com 44 pontos, não pode
mais ser alcançado na ponta da
competição por outra equipe
que não seja o São Paulo, que
tem quatro pontos a menos.
E para dar uma folga aos jogadores, que vêm encarando
duas competições simultaneamente -ambas equipes disputam o Estadual e a Taça Libertadores- nada melhor que escalar um "mistão" para as rodadas derradeiras do Paulista.
Somando as duas competições, o Santos já disputou 24 jogos -17 pelo Estadual e sete no
torneio sul-americano. Já os
são-paulinos têm duas partidas
a menos que os rivais do litoral
na temporada -os santistas tiveram dois confrontos na fase
preliminar da Libertadores.
E a opção bem-sucedida nos
jogos contra o Palmeiras, pelo
Paulista, e o Necaxa, na Libertadores, fortalece ainda mais a
tese do técnico são-paulino
Muricy Ramalho de poupar.
"No futebol de hoje, o que vale é a condição física. O time só
rendeu muito bem contra o Necaxa porque descansou contra
o Palmeiras. Não vou sacrificar
nenhum atleta por causa desse
calendário", disse o treinador.
Outro ponto que faz Muricy
pensar em dar descanso aos titulares é o fato de não considerar uma tarefa fácil tirar o Santos da liderança do Paulista.
"O primeiro lugar está difícil.
Se a gente vir que não tem mais
chance, acho melhor cuidar dos
nossos jogadores. O Santos está
muito bem e vai ser muito complicado eles perderem a primeira vaga", pondera Muricy.
Também partidário da estratégia de poupar os atletas sempre que possível, o Santos já
lançou mão de usar um time
misto mesmo antes de ter a vaga assegurada nas duas competições. E não tem do que reclamar dos resultados.
Das 17 partidas disputadas
no Campeonato Paulista, o técnico Vanderlei Luxemburgo
escalou um time mesclando titulares e reservas em seis vezes.
"Todo o grupo está muito focado. Por isso, mesmo quando
as trocas acontecem, o time
consegue manter o mesmo padrão de atuações", justificou
Luxemburgo, que não gosta de
se referir aos jogadores como
titulares e reservas, preferindo
usar o termo "elenco".
A equipe litorânea derrotou o
Defensor, no Uruguai, na última quinta-feira e se manteve
100% na Libertadores -mais
uma vez vai depender do seu
"elenco" para tentar garantir o
primeiro lugar desta fase com
uma rodada de antecipação.
Um dos reservas de luxo desse sistema que prevê descanso
aos titulares entre uma partida
e outra, Rodrigo Tabata acredita que esta é a chance de mostrar o seu potencial para o treinador. "É bom porque os titulares descansam e a gente tem a
oportunidade de mostrar que
está em forma e pode jogar a
qualquer hora", disse o meia.
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