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voto vencido
Federação coloca Palmeiras na parede
FPF define o primeiro clássico das semifinais no Morumbi e dá 48 horas para o clube escolher palco de jogo decisivo
Presidente Marco Polo Del Nero veta Parque Antarctica, defende 2 partidas na capital e diz ter a Polícia Militar e o Ministério Público a seu lado
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
De um lado, Polícia Militar,
Ministério Público, Federação
Paulista e São Paulo. Do outro,
apenas o Palmeiras. No primeiro round da luta que define os
locais das semifinais do Paulista, o time alviverde foi nocauteado. Saiu da reunião com
grande chance de precisar jogar
duas vezes no estádio do rival.
Na reunião realizada ontem
na sede da FPF, o Parque Antarctica foi rechaçado, e o Morumbi acabou enaltecido pelo
próprio Marco Polo Del Nero,
presidente da federação.
"Já tenho informações extra-oficiais de que a PM e o Ministério Público preferem o Morumbi. Eu também quero o jogo no Morumbi. Temos de pensar no conforto dos torcedores", afirmou o dirigente.
A FPF marcou o primeiro
confronto para o estádio são-paulino, no próximo domingo,
às 16h. A segunda partida ainda
está sem endereço definido.
"Vou aguardar avaliação da PM
e do Ministério Público para
ver se outro estádio, que não seja o Palestra Itália, tem condições. Em 48 horas, indicaremos
o local", completou Del Nero.
O Palmeiras precisará da autorização dos dois órgãos competentes avalizando o segundo
clássico longe do Morumbi.
"Se tivermos esse laudo para
um desses estádios, será feito.
O Morumbi é a última opção",
afirmou o vice de futebol do
Palmeiras, Gilberto Cipullo.
Segundo o gerente de futebol
Toninho Cecílio, o clube teve
descartada a sugestão de receber o jogo em sua própria casa.
"O Palestra não tem as mínimas condições. Recebemos
manifestações incisivas da PM
e do Ministério Público vetando jogos por lá. A rua Turiassu
[sede do estádio] é um estopim", reclamou Del Nero.
Os estádios Santa Cruz, em
Ribeirão Preto, e Teixeirão, em
São José do Rio Preto, foram
sugeridos pela diretoria. O histórico recente, porém, é complicado: no último dia 16, houve
confusão no clássico entre os
dois times no Santa Cruz.
Na venda de ingressos, a PM
usou gás pimenta para dispersar tumulto na porta do estádio. No jogo, teve de impedir
que as torcidas derrubassem as
grades que dividiam as facções.
A Folha apurou que o clube
já entrou em contato com o Batalhão da Polícia Militar do Interior, que fará a segurança do
clássico caso aconteça em Ribeirão Preto. O porta-voz do
Comando Regional da PM, capitão Naby Affiune, disse que a
decisão depende da FPF.
No dia 18, engenheiros do
Departamento de Engenharia
de Estruturas da Escola de Engenharia da USP de São Carlos
vistoriaram o local e o Francisco de Palma Travassos, o outro
estádio da cidade, a pedido do
Ministério Público, que instaurou um inquérito em 2006 para apurar falhas estruturais e
de segurança nos dois estádios.
O laudo está previsto para
sair na quinta, um dia após o
prazo da FPF. "O Palmeiras
não considera o Morumbi campo neutro", disse o presidente
Affonso della Monica.
O São Paulo, representado
na reunião de ontem pelo vice
de futebol Carlos Augusto de
Barros e Silva, foi direto sobre a
decisão. "O São Paulo pretende
jogar [ambos os clássicos] na
capital." Indagado se acreditava em mudança na decisão da
FPF, disse que achava "difícil".
Colaborou LUCAS REIS, da Folha Ribeirão
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