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Árbitros deixam geladeira e voltam para apitar finais
Comissão de Arbitragem da federação pré-seleciona dez
nomes para escalar nas seis partidas decisivas do Paulista
São Paulo, que agora muda discurso, pode reencontrar
Sálvio Spinola, juiz que anulou gol de Adriano no
clássico contra o Corinthians
DA REPORTAGEM LOCAL
Dez árbitros escolhidos a dedo para apitar seis decisões.
Nas finais do Paulista-2008, os
clubes terão de acatar a escolha
de qualquer um deles para comandar os confrontos.
"Não existe veto", afirmou,
enfático, o presidente da federação, Marco Polo Del Nero.
Os dez nomes escolhidos pelo chefe da Comissão de Arbitragem da FPF, Marcos Marinho, são: Paulo César de Oliveira, Sálvio Spinola, Wilson Seneme, Flávio Guerra, José Henrique de Carvalho, Rodrigo Braghetto, Luiz Flávio de Oliveira,
Antonio Batista do Prado, Cleber Abade e Rodrigo Cintra.
Isso possibilitará, por exemplo, que o árbitro Sálvio Spinola, desafeto são-paulino, atue
em alguma das partidas envolvendo o clube do Morumbi.
No clássico contra o Corinthians, pela quarta rodada, ele
anulou, nos instantes finais,
um gol de Adriano que daria a
vitória aos são-paulinos. Também deixou de marcar pênalti
de Chicão em Dagoberto.
A diretoria são-paulina pediu, formalmente, veto a Sálvio
em seus jogos. Apesar de oficialmente não aceitar vetos de
clubes a árbitros, a FPF não escalou mais o juiz para apitar
duelos do time tricolor.
Questionado ontem sobre o
assunto, o vice de futebol do
clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, desconversou.
"O São Paulo não veta ninguém. Descontente naquele
momento, o clube teceu suas
considerações", afirmou o dirigente são-paulino.
Anteontem, na rodada decisiva do Paulista, a FPF escalou
propositalmente árbitros estreantes nos jogos dos quatro
grandes, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.
Segundo Marinho, a medida
havia sido pensada para evitar
reclamações posteriores de
clubes, dirigentes ou jogadores
sobre possíveis erros da arbitragem em seus jogos.
Ele já havia adiantado, porém, que não seria possível fazer o mesmo nos mata-matas.
Nas partidas das finais, árbitros anteriormente limados terão uma segunda chance.
É o caso de José Henrique de
Carvalho, que foi afastado por
15 dias pelo próprio chefe da
comissão após erro grosseiro
no confronto entre Corinthians e Guaratinguetá, pela
13ª rodada. O árbitro deu dois
cartões amarelos para o mesmo
jogador do time visitante.
Outro profissional que passou um período na geladeira
não teve a mesma sorte. Rodrigo Guarizo, que deixou de dar o
segundo cartão amarelo no pênalti feito pelo santista Marcinho Guerreiro no jogo contra o
Guarani, pela décima rodada
do torneio, não está na lista da
federação para as decisões.
Marinho havia dito que o critério para a escolha dos árbitros dos mata-matas levaria em
conta o histórico na competição, principalmente a atuação
em clássicos.
(RENAN CACIOLI)
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