São Paulo, terça-feira, 08 de abril de 2008

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Árbitros deixam geladeira e voltam para apitar finais

Comissão de Arbitragem da federação pré-seleciona dez nomes para escalar nas seis partidas decisivas do Paulista

São Paulo, que agora muda discurso, pode reencontrar Sálvio Spinola, juiz que anulou gol de Adriano no clássico contra o Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

Dez árbitros escolhidos a dedo para apitar seis decisões. Nas finais do Paulista-2008, os clubes terão de acatar a escolha de qualquer um deles para comandar os confrontos.
"Não existe veto", afirmou, enfático, o presidente da federação, Marco Polo Del Nero.
Os dez nomes escolhidos pelo chefe da Comissão de Arbitragem da FPF, Marcos Marinho, são: Paulo César de Oliveira, Sálvio Spinola, Wilson Seneme, Flávio Guerra, José Henrique de Carvalho, Rodrigo Braghetto, Luiz Flávio de Oliveira, Antonio Batista do Prado, Cleber Abade e Rodrigo Cintra.
Isso possibilitará, por exemplo, que o árbitro Sálvio Spinola, desafeto são-paulino, atue em alguma das partidas envolvendo o clube do Morumbi.
No clássico contra o Corinthians, pela quarta rodada, ele anulou, nos instantes finais, um gol de Adriano que daria a vitória aos são-paulinos. Também deixou de marcar pênalti de Chicão em Dagoberto.
A diretoria são-paulina pediu, formalmente, veto a Sálvio em seus jogos. Apesar de oficialmente não aceitar vetos de clubes a árbitros, a FPF não escalou mais o juiz para apitar duelos do time tricolor.
Questionado ontem sobre o assunto, o vice de futebol do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, desconversou.
"O São Paulo não veta ninguém. Descontente naquele momento, o clube teceu suas considerações", afirmou o dirigente são-paulino.
Anteontem, na rodada decisiva do Paulista, a FPF escalou propositalmente árbitros estreantes nos jogos dos quatro grandes, Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo.
Segundo Marinho, a medida havia sido pensada para evitar reclamações posteriores de clubes, dirigentes ou jogadores sobre possíveis erros da arbitragem em seus jogos.
Ele já havia adiantado, porém, que não seria possível fazer o mesmo nos mata-matas.
Nas partidas das finais, árbitros anteriormente limados terão uma segunda chance.
É o caso de José Henrique de Carvalho, que foi afastado por 15 dias pelo próprio chefe da comissão após erro grosseiro no confronto entre Corinthians e Guaratinguetá, pela 13ª rodada. O árbitro deu dois cartões amarelos para o mesmo jogador do time visitante.
Outro profissional que passou um período na geladeira não teve a mesma sorte. Rodrigo Guarizo, que deixou de dar o segundo cartão amarelo no pênalti feito pelo santista Marcinho Guerreiro no jogo contra o Guarani, pela décima rodada do torneio, não está na lista da federação para as decisões.
Marinho havia dito que o critério para a escolha dos árbitros dos mata-matas levaria em conta o histórico na competição, principalmente a atuação em clássicos. (RENAN CACIOLI)


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