São Paulo, sexta-feira, 08 de abril de 2011

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Assembleia da CBF deixa Piauí sem tocar na bola

FUTEBOL
Amparado na Justiça, cartola novato vê viés político em boicote


NELSON BARROS NETO
DE SÃO PAULO

Faltando quatro dias para começar o Piauiense-2011, os times do Piauí estão proibidos de participar de qualquer competição nacional e até mesmo de contratar jogadores de outros Estados.
Além de registrar um lucro líquido de R$ 83 milhões, valor recorde na história da entidade, a assembleia geral da CBF, anteontem, serviu para afastar de seus quadros a Federação de Futebol do Piauí.
A medida, segundo a confederação, tem "caráter preventivo" até que seja regularizada a eleição ocorrida em dezembro para o novo mandato da entidade nordestina.
O atual presidente, Cesarino Oliveira, assumiu o cargo após acionar a Justiça comum -situação considerada ilegal de acordo com os estatutos da CBF e da Fifa.
Oliveira perdeu o pleito por um voto para Joaquim Lula Ferreira, que estava no poder havia 18 anos e é genro de Alfredo Nunes, vice-presidente da CBF em parte da gestão de Ricardo Teixeira.
"Lula não podia ser candidato. Como a junta eleitoral não aceitou nosso pedido e a Justiça Desportiva local alegou incompetência para julgar o caso, recorremos ao Judiciário", declarou Oliveira.
Responsável pela decisão liminar, o juiz Orlando Martins Pinheiro acatou a acusação de que o cartola estava inadimplente com a prestação de contas dos exercícios de 2008, 2009 e 2010, além de contribuições ao INSS.
"Fui empossado em 10 de janeiro, mas, no mesmo dia, a CBF parou de mandar o repasse mensal que envia regularmente a todas as federações", declarou Oliveira, para quem há motivação política por trás da história.
Piauí foi o único Estado ausente na assembleia geral em que as outras 26 federações concordaram por unanimidade com a punição.
Enquanto o cartola novato reclama de não ter tido direito de defesa, a CBF informa que não poderia convidar uma entidade que não está devidamente constituída.
O caso, diz a CBF, deveria ter passado antes pelo STJD.


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