do enviado a Barcelona

A Ferrari manteve ontem sua liderança no Mundial de Construtores, mas conduziu uma sequência de erros e trapalhadas digna de um time mambembe.
A confusão começou na 24ª volta, na primeira parada de Michael Schumacher nos boxes.
O mecânico responsável por segurar a placa que indica a situação do pit stop deu sinal verde ao alemão. O problema é que Nigel Stepney, chefe dos mecânicos, ainda reabastecia o carro.
Schumacher acelerou e acabou atropelando Stepney -levado para o centro médico, foi constatado que o inglês sofreu uma forte torção no tornozelo direito.
"Só senti que estava passando em cima de alguma coisa. Olhei pelo espelho e vi um mecânico caído no chão. Perguntei para a equipe o que havia acontecido, mas ninguém me respondeu", declarou o piloto alemão.
Na volta seguinte, quando Rubens Barrichello foi para seu pit stop, um "frentista" reserva já ocupava o posto de Stepney.
A parada do piloto brasileiro foi mais lenta e ele acabou não ultrapassando Ralf Schumacher nos boxes, como pretendia.
Nova confusão aconteceu na segunda parada do alemão, na 41ª volta, quando ele liderava a prova. O mecânico Andrea Vaccari, que assumiu a mangueira de gasolina, se atrapalhou na hora de encaixá-la no bocal do tanque.
O alemão perdeu sete segundos a mais nos boxes e, quando retornou à pista, já era o segundo colocado, atrás de Mika Hakkinen.
Instantes depois, com um pneu furado, foi ultrapassado por David Coulthard, Rubens Barrichello e Ralf Schumacher.
"Apesar do terceiro lugar de Rubens, a corrida foi decepcionante para nós. Perdemos pontos importantes", disse Jean Todt, diretor esportivo da Ferrari.
Mais habituado a bons resultados que nos tempos de Jordan e Stewart, Barrichello comemorou o terceiro lugar com discrição.
Só ensaiou sua "sambadinha" quando já deixava o pódio e, mais uma vez, disse que esperava um resultado melhor na prova.
"A largada comprometeu minha corrida. A embreagem não deu a resposta que eu esperava, o meu carro quase morreu... Então, eu fiquei devendo", disse. (FSx)

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