DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente do Flamengo, Edmundo Santos Silva, deixou a Gávea no final da tarde de ontem quando foi informado que a oficial de Justiça Sônia Helena, da 29ª Vara Cível, e o advogado Marcelo Levitian, representando o Corinthians, estavam chegando à sede do clube carioca com um mandado de prisão contra ele.
Segundo o clube paulista, o dirigente flamenguista está sendo processado por ter sido o fiel depositário de uma dívida de R$ 4,6 milhões que o time tem com o Corinthians, referente à contratação do atacante Edílson.
Logo depois de passarem na Gávea e não encontrarem Santos Silva, Sônia Helena e Marcelo Levitian se dirigiram ao apartamento do dirigente, mas também não o teriam achado no local.
Em entrevista a uma emissora de rádio do Rio, o dirigente afirmou que não é um fugitivo e que espera a decisão do juiz revogando o mandado.
Segundo ele, Carlos Portinho, vice jurídico do Fla, foi à capital paulista e fez o depósito em juízo para ser retirado pelo Corinthians no valor de R$ 423 mil. A quantia é equivalente ao empréstimo de Reinaldo ao São Paulo, acertado no início da temporada e que termina no próximo dia 30.
A assessoria de imprensa do Flamengo, por sua vez, explicou que Santos Silva foi o fiel depositário do valor equivalente ao passe de Reinaldo e não do total da dívida com o Corinthians, como afirma o clube paulista.
De acordo com ela, o cheque de R$ 423 mil foi depositado em juízo aos cuidados do juiz Núncio Theóphilo Neto, da 29ª Vara Cível de São Paulo, local em que corre o processo que deu origem ao mandado de prisão.
O Flamengo diz ainda que, com o Corinthians, a situação já está resolvida, mas com o HMTF, fundo norte-americano que é parceiro dos paulistas e administra o futebol do clube, ainda não. A informação não foi confirmada pelos corintianos, que reclamaram da ausência do Flamengo de reunião que deveria ter ocorrido anteontem para equacionar o problema.