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FUTEBOL
Após equipe sofrer três gols pela 4ª vez seguida, Betão, Coelho e Ricardinho são hostilizados de novo pelos torcedores
Vilões da Libertadores são crucificados
DOS ENVIADOS A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Os culpados foram os mesmos
de novo. Na derrota por 3 a 1 para
o São Paulo ontem, Coelho, Betão
e Ricardinho se viram novamente
crucificados, como já havia acontecido na eliminação da Libertadores na última quinta-feira, contra o River Plate, no Pacaembu.
Com o novo fiasco, o time irá se
refugiar no Paraná para fugir da
torcida. O time, que ficou ontem
no interior, parte hoje para Curitiba, onde treinará primeiro no hotel em que ficará hospedado e, depois, em CTs disponíveis, entre
eles o do Atlético-PR. Marcelinho
irá direto para lá. No sábado, a
equipe segue para Maringá, onde
enfrenta o Paraná no domingo.
Ricardinho, que perdeu duas
chances claras de gol, não demorou muito a ser hostilizado. No intervalo, a torcida gritou: "Parreira, preste atenção, o Ricardinho
não merece a seleção".
O protesto se acentuou quando
ele foi substituído no segundo
tempo. O jogador, mais badalada
contratação corintiana para este
ano, deixou o gramado sob vaias.
Coelho, que fez um gol contra
no jogo com o River Plate, tampouco escapou da fúria. Visivelmente nervoso, também saiu
mais cedo -cedeu lugar para Edson. "Coelho c..., fora do Timão",
berravam das arquibancadas.
O zagueiro Betão, que foi o melhor dos três em campo, foi o último jogador a deixar o gramado.
Bastante abatido, afirmou que o
Corinthians é a sua "casa". "O Corinthians não é uma profissão para mim. Estou aqui há 12 anos.
Nesse momento, temos de nos
apegar à família, que é quem nos
conhece, porque, acima de tudo,
somos homens." "Temos de ter
personalidade. Falo por mim e
pelo Coelho. É triste, a mesma
coisa que seus pais te mandarem
embora de casa", falou o atleta.
Betão e Ricardinho estão entre
os principais líderes do time, que
ontem, pela quarta vez seguida,
tomou três gols num jogo. Os dirigentes corintianos têm se queixado que o primeiro nunca é
substituído, apesar de suas freqüentes falhas, e o segundo não
tem justificado o alto investimento feito para contratá-lo.
Em relação a Coelho, a queixa é
que ele é um assíduo freqüentador de casas noturnas e que isso
tem afetado seu desempenho.
Ontem, ele não deu entrevista,
assim como Ricardinho, mas tem
sinalizado que não quer deixar o
clube do Parque São Jorge. Coelho também disse que, na noite da
derrota para o River Plate, teve
que tomar remédio para dormir.
"Não podemos fugir, mas nossa
integridade física deve ser preservada. Não matamos nem roubamos. Foi só uma partida de futebol", disse o goleiro Silvio Luiz.
(EDUARDO ARRUDA E TONI ASSIS)
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