São Paulo, segunda-feira, 08 de maio de 2006

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FUTEBOL

Após equipe sofrer três gols pela 4ª vez seguida, Betão, Coelho e Ricardinho são hostilizados de novo pelos torcedores

Vilões da Libertadores são crucificados

DOS ENVIADOS A SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Os culpados foram os mesmos de novo. Na derrota por 3 a 1 para o São Paulo ontem, Coelho, Betão e Ricardinho se viram novamente crucificados, como já havia acontecido na eliminação da Libertadores na última quinta-feira, contra o River Plate, no Pacaembu.
Com o novo fiasco, o time irá se refugiar no Paraná para fugir da torcida. O time, que ficou ontem no interior, parte hoje para Curitiba, onde treinará primeiro no hotel em que ficará hospedado e, depois, em CTs disponíveis, entre eles o do Atlético-PR. Marcelinho irá direto para lá. No sábado, a equipe segue para Maringá, onde enfrenta o Paraná no domingo.
Ricardinho, que perdeu duas chances claras de gol, não demorou muito a ser hostilizado. No intervalo, a torcida gritou: "Parreira, preste atenção, o Ricardinho não merece a seleção".
O protesto se acentuou quando ele foi substituído no segundo tempo. O jogador, mais badalada contratação corintiana para este ano, deixou o gramado sob vaias.
Coelho, que fez um gol contra no jogo com o River Plate, tampouco escapou da fúria. Visivelmente nervoso, também saiu mais cedo -cedeu lugar para Edson. "Coelho c..., fora do Timão", berravam das arquibancadas.
O zagueiro Betão, que foi o melhor dos três em campo, foi o último jogador a deixar o gramado.
Bastante abatido, afirmou que o Corinthians é a sua "casa". "O Corinthians não é uma profissão para mim. Estou aqui há 12 anos. Nesse momento, temos de nos apegar à família, que é quem nos conhece, porque, acima de tudo, somos homens." "Temos de ter personalidade. Falo por mim e pelo Coelho. É triste, a mesma coisa que seus pais te mandarem embora de casa", falou o atleta.
Betão e Ricardinho estão entre os principais líderes do time, que ontem, pela quarta vez seguida, tomou três gols num jogo. Os dirigentes corintianos têm se queixado que o primeiro nunca é substituído, apesar de suas freqüentes falhas, e o segundo não tem justificado o alto investimento feito para contratá-lo.
Em relação a Coelho, a queixa é que ele é um assíduo freqüentador de casas noturnas e que isso tem afetado seu desempenho.
Ontem, ele não deu entrevista, assim como Ricardinho, mas tem sinalizado que não quer deixar o clube do Parque São Jorge. Coelho também disse que, na noite da derrota para o River Plate, teve que tomar remédio para dormir.
"Não podemos fugir, mas nossa integridade física deve ser preservada. Não matamos nem roubamos. Foi só uma partida de futebol", disse o goleiro Silvio Luiz. (EDUARDO ARRUDA E TONI ASSIS)


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