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VÔLEI
As mudanças
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
Fim da temporada de clubes, e a semana ferveu no vôlei. Um dos motivos foi a surpreendente demissão da comissão
técnica do Osasco, encabeçada
por Paulo Coco. O time fez grandes jogos, decidiu o título com o
Rio na quinta partida das finais,
foi vice-campeão brasileiro, mas
não adiantou.
O que valeu na hora da decisão
foi o desagrado da diretoria do
Osasco com a comissão técnica
por não ter aproveitado algumas
atletas formadas pelo clube, como
Adenízia, a melhor bloqueadora
do último Mundial juvenil, que ficou fora da equipe, e a levantadora Dani Lins, emprestada para o
Pinheiros.
Uma pena já que Paulo Coco e
sua equipe fizeram um bom trabalho na Superliga. O novo técnico, Luizomar Moura, ex-Macaé,
tem a missão de formar um time
com o novo ranking da CBV. Cada equipe só pode ter duas atletas
com sete pontos e, na soma geral,
não pode ultrapassar 32 pontos.
O objetivo do ranking é louvável: tornar a Superliga mais disputada e menos previsível. Neste
ano, quem não sabia que Osasco e
Rio, que reúnem juntos dez atletas da seleção, fariam de novo a
final? O ranking impede a concentração de muitas jogadoras
com pontuação alta em um time.
O Osasco tem três com pontuação máxima: Paula, Valeskinha e
Mari. Uma delas vai ter que deixar o time. O mesmo acontece
com o Rio que conta com Sassá,
Fabiana e Jaqueline. O problema
é que, por causa das dificuldades
econômicas dos outros clubes, talvez não tenha equipe para todas
as atletas.
Ou seja, o novo ranking também aumenta a possibilidade de
muitas jogadoras se transferirem
para clubes do exterior. O que
não seria nada bom para o vôlei
brasileiro, que vive uma fase de
transição no feminino, com atletas ainda muito jovens que deveriam jogar ainda mais algum
tempo no Brasil.
A novidade para a próxima
temporada é o Minas, que vai investir alto no feminino. Contratou o técnico Cebola, que nos dois
últimos anos dirigiu a equipe
masculina do Bento Gonçalves, e
já fez propostas para Jaqueline e
Valeskinha. A idéia é formar um
time para concorrer com Osasco e
Rio de Janeiro.
A situação de Jaqueline está na
dependência das negociações do
seu noivo, o atacante Murilo, com
o Minas. Se ele assinar contrato
com o time de Belo Horizonte, ela
deve seguir o mesmo caminho. Se
Murilo acertar com um time italiano, Jaqueline também pode se
transferir para a Itália.
No masculino, o Minas também
quer formar um bom time. Nas
duas últimas temporadas, foi vice-campeão da Superliga. Como o
técnico Jon Uriarte assumiu o comando da seleção argentina, o
clube está à procura de um substituto. Já fez proposta para o técnico Zé Roberto Guimarães.
A tendência é que Zé Roberto fique só com a seleção, já que neste
ano tem Mundial e ele só estará
livre para dirigir clubes em novembro. Mas o técnico estuda a
proposta para continuar na Unisul. Se houver acerto financeiro, o
auxiliar Chiquita dirige o time
até Zé Roberto voltar.
Italiano
O Treviso, do central Gustavo, e o Macerata, do também central Rodrigão, disputam hoje o primeiro jogo, da série de cinco, das finais do
Italiano. O Macerata, dono da melhor campanha, eliminou nas semifinais o Cuneo, dos atacantes Giba e Anderson. O Treviso, atual bicampeão, bateu o Trentino, de André Nascimento e André Heller.
Surpresa
O Modena, do levantador Ricardinho, não terá mais o comando de
Júlio Velasco. O treinador, responsável pelos anos de ouro do vôlei
italiano na década de 90, pediu demissão. Velasco afirmou que não
estava conseguindo fazer o trabalho da maneira como gostaria. Com
ele, o Modena não foi bem: caiu nas quartas-final nesta temporada e
quase foi rebaixado na anterior.
E-mail cisadan@uol.com.br
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