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Lula deve assinar criação de empresa pública para Rio-16
Ministério do Esporte finaliza textos de duas medidas provisórias que serão apreciadas pelo presidente até quarta
Uma das MPs irá tratar da criação de APO, responsável por coordenar projetos dos Jogos e que terá vida até 2020, para garantir o legado
DANIELA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo federal vai criar
uma empresa pública e um
consórcio -que contará com
recursos da Prefeitura do Rio,
do governo do Estado e da
União- para dar agilidade aos
empreendimentos vinculados
aos Jogos Olímpicos de 2016.
Para isso, está finalizando os
textos de duas medidas provisórias (MPs), que devem ser assinadas pelo presidente Lula
até a próxima semana. A Folha
teve acesso aos dois projetos.
Uma das medidas provisórias cuidará da criação de uma
empresa pública, cujo nome
previsto é Rio 2016. Ela irá
existir por período determinado, de 2010 a 2018, e terá como
principal atribuição executar
as obras que o governo do Estado e a prefeitura não tiverem
condições de bancar.
A Rio 2016 poderá rever contratos, avocar a execução de
projetos e até cancelar licitações. Com a criação da empresa, o governo espera garantir o
cumprimento do cronograma
de empreendimentos.
A segunda MP vai tratar da
criação da Autoridade Pública
Olímpica (APO), autarquia que
contará com recursos da prefeitura, do governo do Estado e
da União. Entre as atribuições
da APO estarão a coordenação
dos principais projetos e serviços vinculados aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos do Rio.
A autarquia terá como autoridade máxima o Conselho
Olímpico, que será formado
pelo governador do Rio, Sérgio
Cabral (PMDB), pelo prefeito
Eduardo Paes (PMDB) e pelo
ministro do Esporte, Orlando
Silva Jr. (PC do B).
Além disso, terá um presidente, que será escolhido por
Lula e sabatinado no Senado.
Seu mandato terá tempo determinado, e o salário será de cerca de R$ 20 mil. A Folha apurou que o ministro é o favorito
para presidir a autarquia.
A indicação de Silva Jr. teria
um impacto significativo na
costura de alianças do PT em
prol da candidatura de Dilma
Rousseff à Presidência da República. Os petistas buscam a
oficialização do apoio do PC do
B ao nome de Dilma.
Para que a APO possa atuar,
o governo vai prever na MP a
criação de um consórcio público, que terá como principal
função gerenciar os recursos
para a execução de projetos.
Esse consórcio contará com
uma espécie de fundo, que receberá dinheiro da prefeitura,
do governo do Rio e da União.
Adquirir terrenos para os
empreendimentos e licitar os
principais elementos de infraestrutura dos Jogos estarão
entre as atribuições da APO.
O consórcio que será criado
para sustentar a APO existirá
por um período determinado,
inicialmente previsto de 2010
até 2018. Segundo a assessoria
de imprensa da Secretaria Especial Copa 2014 e Rio 2016, o
governo se comprometeu a
manter a autarquia até 2020
para garantir a implantação total dos projetos de legado.
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