São Paulo, domingo, 08 de maio de 2011

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Sob a meta, jovens lutam por firmação

PAULISTA
Goleiros dos finalistas buscam o 1º Estadual como titulares


DO ENVIADO A SANTOS
DE SÃO PAULO


O Corinthians não tem um Marcos. O Santos não possui um Rogério. Mas, mesmo sem contar com nomes badalados na meta, os finalistas do Paulista precisam agradecer demais a seus goleiros.
O corintiano Júlio César, 26, e o santista Rafael, 20, foram destaques dos times na última semana, consolidando ascensão do ano passado. Os dois se transformaram em titulares em 2010, alcançaram certo destaque, falharam, foram postos sob dúvida e agora, enfim, assumiram papéis de protagonista. O carequinha Júlio César colocou o alvinegro da capital paulista na decisão do Estadual ao defender a cobrança efetuada por João Vitor na disputa por pênaltis da semifinal contra o Palmeiras. Rafael foi o herói da classificação santista para as quartas de final da Libertadores.
Parou o ataque do América- -MEX e assegurou o empate sem gols que impediu que o futebol brasileiro ficasse sem representante no torneio.
Relativamente baixos para os padrões modernos da posição (o corintiano tem 1,85 m, o santista é um centímetro mais alto), destacam-se por terem a agilidade e a impulsão que já faltam aos companheiros mais veteranos.
"Quero ouvir um dia a torcida do Corinthians me chamar de melhor goleiro do Brasil", disse Júlio César.
Cria das categorias de base do clube, subiu para o profissional depois de faturar o bicampeonato da Copa São Paulo de juniores -2004 e 2005. Foi terceiro goleiro e ficou na reserva até a crise que culminou na transferência de Felipe, no ano passado.
Virou titular e destaque no Brasileiro, mas falhou feio na hora da decisão -o empate por 1 a 1 com o Goiás levou o time a iniciar a Libertadores mais cedo, situação que o técnico Tite considera culpada pela eliminação precoce. Já em 2011, passou por outra prova. Foi o goleiro que sofreu o centésimo tento de Rogério, ídolo do São Paulo.
E isso em um jogo em que o arquirrival findou um tabu de quatro anos e 11 jogos sem derrotar o Corinthians.
Mas se reergueu. E hoje começa a buscar seu primeiro título com a camisa 1 do clube que sempre defendeu. Assim como Júlio César, Rafael também joga por um título inédito como titular.
"A pressão é igual, independente de quantos jogos já fiz como titular", disse o arqueiro santista. "Mas é curioso, porque o Paulista só significa algo para quem perde. A gente quer ganhar e quer ser campeão", enfatizou, rebatendo aqueles que desvalorizam o Estadual.
Essencial na Libertadores, ele recusa o rótulo de herói.
"Não me vejo assim. É minha função. Aqui todos somos heróis." (LEONARDO LOURENÇO, RAFAEL REIS E RODRIGO BUENO)

NA TV
Corinthians x Santos
16h Globo, Band e Sportv



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