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Todo mundo para o tudo ou nada
MENOS O BRASIL, QUE AINDA SE DIVERTE
FÁBIO VICTOR
FERNANDO MELLO
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A SEOGWIPO
Enquanto a situação de potências como Argentina, França, Alemanha e Inglaterra permanece indefinida na Copa do Mundo, faltando apenas um jogo para cada
uma dessas seleções na primeira
fase, o Brasil entra em campo hoje, às 8h30, com ótimas chances
de garantir sua vaga nas oitavas-de-final por antecipação.
Favorecem o time de Luiz Felipe
Scolari a tabela e o adversário, a
China, estreante em Copas e pior
colocada (50ª) no ranking da Fifa
entre os participantes do Mundial
da Coréia do Sul e do Japão.
Se vencer em Seogwipo, o Brasil
(2º na lista da Fifa) somará seis
pontos no Grupo C, que tem ainda Turquia e Costa Rica, adversária do próximo jogo, no dia 13.
Dois países, em cada um dos oito
grupos, vão às oitavas-de-final.
Por mais que o treinador e os jogadores do Brasil tentem minimizar a importância das bolinhas
que em dezembro caíram na mão
de Pelé, o sorteio das chaves foi vital para a seleção, que ainda não
tem um time titular definido e
apresentou um futebol de altos e
baixos na vitória de 2 a 1 sobre o
turcos, segunda passada, em Ulsan, na estréia do time na Copa.
Primeiro rival asiático do Brasil
na história dos Mundiais, a China
dá adeus à vaga caso perca hoje.
Uma vitória dará tranquilidade
para o Brasil e pode embalar o time de Scolari e seus astros, especialmente Ronaldo e Rivaldo, rumo à fase dos mata-matas.
Turquia e Costa Rica jogam
amanhã. Um empate entre ambos
classifica o Brasil -se o time tiver
chegado aos seis pontos.
"Para nós, acho que é o jogo da
vaga", afirmou o meia Juninho, o
mais baixo do time e que terá a
função de armar as jogadas em
meio aos grandalhões chineses.
Será um teste, mesmo que só razoável, diante da seleção que menos desarmou pelo alto e que menos chutou a gol na primeira rodada do torneio -segundo o Datafolha, apenas seis vezes.
No geral, os jogadores brasileiros adotam um discurso prudente
para enfrentar o país mais populoso do mundo diante de uma torcida que já se contenta em estar na
Copa. "O futebol hoje está muito
nivelado", disse o lateral Roberto
Carlos. Mas ele próprio admite
desconhecer o rival de hoje.
"Não sei nem os nomes."
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