São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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Todo mundo para o tudo ou nada
MENOS O BRASIL, QUE AINDA SE DIVERTE

FÁBIO VICTOR
FERNANDO MELLO
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
SÉRGIO RANGEL
ENVIADOS ESPECIAIS A SEOGWIPO

Enquanto a situação de potências como Argentina, França, Alemanha e Inglaterra permanece indefinida na Copa do Mundo, faltando apenas um jogo para cada uma dessas seleções na primeira fase, o Brasil entra em campo hoje, às 8h30, com ótimas chances de garantir sua vaga nas oitavas-de-final por antecipação.
Favorecem o time de Luiz Felipe Scolari a tabela e o adversário, a China, estreante em Copas e pior colocada (50ª) no ranking da Fifa entre os participantes do Mundial da Coréia do Sul e do Japão.
Se vencer em Seogwipo, o Brasil (2º na lista da Fifa) somará seis pontos no Grupo C, que tem ainda Turquia e Costa Rica, adversária do próximo jogo, no dia 13. Dois países, em cada um dos oito grupos, vão às oitavas-de-final.
Por mais que o treinador e os jogadores do Brasil tentem minimizar a importância das bolinhas que em dezembro caíram na mão de Pelé, o sorteio das chaves foi vital para a seleção, que ainda não tem um time titular definido e apresentou um futebol de altos e baixos na vitória de 2 a 1 sobre o turcos, segunda passada, em Ulsan, na estréia do time na Copa.
Primeiro rival asiático do Brasil na história dos Mundiais, a China dá adeus à vaga caso perca hoje.
Uma vitória dará tranquilidade para o Brasil e pode embalar o time de Scolari e seus astros, especialmente Ronaldo e Rivaldo, rumo à fase dos mata-matas.
Turquia e Costa Rica jogam amanhã. Um empate entre ambos classifica o Brasil -se o time tiver chegado aos seis pontos.
"Para nós, acho que é o jogo da vaga", afirmou o meia Juninho, o mais baixo do time e que terá a função de armar as jogadas em meio aos grandalhões chineses.
Será um teste, mesmo que só razoável, diante da seleção que menos desarmou pelo alto e que menos chutou a gol na primeira rodada do torneio -segundo o Datafolha, apenas seis vezes.
No geral, os jogadores brasileiros adotam um discurso prudente para enfrentar o país mais populoso do mundo diante de uma torcida que já se contenta em estar na Copa. "O futebol hoje está muito nivelado", disse o lateral Roberto Carlos. Mas ele próprio admite desconhecer o rival de hoje.
"Não sei nem os nomes."



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