Ao ler esta coluna, o Brasil já deve ter vencido a China. Todos esperam uma goleada. Pode até acontecer. A seleção chinesa é fraca, mas também não é nenhuma Bambala. A equipe tem um técnico experiente, que conhece bem o time brasileiro e sabe armar um bom esquema defensivo. A China deve jogar com duas linhas recuadas de quatro. É a melhor maneira de se enfrentar um adversário mais forte.
Após duas semanas na cidade industrial de Ulsan, estamos no paraíso, na belíssima ilha de Jeju. É o Havaí dos coreanos. Porém nenhum litoral do mundo é tão bonito quanto o brasileiro.
Antes de o Brasil escolher a cidade de Ulsan como sede principal na primeira fase, diziam que a seleção ficaria em Jeju. Seria melhor para todos. Já tinha me imaginado de bermudas, camisas coloridas, chapéu, óculos escuros, escrevendo minha coluna de frente para o mar, tomando um suco de arroz. Experimentei um copo no avião e não senti gosto de nada. Nem de arroz.
O brasileiro é tão criativo que inventou o arroz doce com canela -se não é invenção nossa, fica sendo. É um dos doces mais saborosos do mundo.
A bola não pára na Copa. A França, maior favorita, corre grandes riscos de ficar de fora e repetir o fiasco do Brasil na Copa de 66. Em campeonatos curtos, há sempre chances de grandes zebras.
O time francês não teve Zidane nas duas partidas, jogou com excesso de confiança contra Senegal e na maior parte do tempo na partida contra o Uruguai atuou com dez. Só não perdeu porque o Uruguai não teve talento nem coragem para vencer.
Depois de ganhar o Mundial de 98, a Eurocopa de 2000, a Copa das Confederações de 2001, não será uma fatalidade que irá diminuir a qualidade da equipe e dos jogadores. Existe, na França, um grande trabalho, um planejamento, para transformar o país numa força permanente no futebol.
A Espanha venceu e convenceu nas duas primeiras partidas e está classificada. É uma equipe com um bom conjunto e excelentes jogadores. É uma das candidatas ao título.
A Argentina perdeu para a Inglaterra, numa excelente partida entre as duas equipes. Agora, para classificar-se terá de vencer a boa seleção da Suécia. Já imaginou França e Argentina fora da Copa, logo na primeira fase?
Portugal também está numa situação ruim. Será esta a Copa da zebra?
Se os grandes bobearem, Coréia do Sul e Japão, incendiados por suas torcidas e jogando um bom futebol, podem chegar perto da final e até disputarem o título. É muito pouco provável, mas não é impossível. Não estou maluco.

tostão.folha@uol.com.br



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