São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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GRUPO C

Datafolha mostra que 54% acham o técnico bom

Aprovação a Scolari explode após a estréia

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma vitória magra e contestada sobre a Turquia na última segunda-feira bastou para que Luiz Felipe Scolari subisse no conceito dos moradores de São Paulo.
Em pesquisa realizada no dia seguinte à estréia do Brasil na Copa, o Datafolha constatou que a aprovação do treinador aumentou consideravelmente depois dos 2 a 1 sobre os turcos. Agora, para 54% dos paulistanos, Scolari tem um desempenho bom ou ótimo na seleção -contra 33% do levantamento feito em fevereiro.
Entre os que disseram ter muito interesse por futebol, a aprovação a Scolari chega a 60%. O apoio ao técnico também é maior entre os paulistanos que têm renda familiar acima de dez salários mínimos (61%) e entre aqueles com idade entre 16 e 25 anos e com nível secundário ou superior de escolaridade (58% em cada).
A taxa dos que consideram o técnico da seleção brasileira ruim ou péssimo diminuiu consideravelmente entre fevereiro e terça-feira passada: de 12% para 6%.
A evolução positiva de Scolari após a estréia da seleção na Copa-2002 supera a aprovação dos paulistanos em relação a Zagallo medida após o primeiro jogo do Brasil em 1998 -40% dos entrevistados achavam o treinador, hoje aposentado, bom ou ótimo.
Mas a popularidade do atual técnico do Brasil ainda está longe da alcançada por Carlos Alberto Parreira depois da estréia da seleção nos EUA, em 1994 -na ocasião, após a vitória por 2 a 0 contra a Rússia, 69% dos paulistanos consideravam o trabalho do atual técnico corintiano bom ou ótimo.
O Datafolha entrevistou 1.062 pessoas maiores de 16 anos na capital paulista. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Além de responderem sobre a atuação de Scolari, os entrevistados opinaram sobre o desempenho e as chances da seleção brasileira no Mundial Coréia/Japão.
Assim como nas duas últimas Copas do Mundo, os paulistanos estão confiantes em relação à conquista do pentacampeonato.
Para 57%, o Brasil será campeão. Esse percentual é similar aos aferidos nas pesquisas realizadas após as estréias da seleção nos dois últimos Mundiais: em 1994, 55% acreditavam na conquista depois da estréia; em 1998, 56%.
A Argentina tem 12% das apostas para o título de 2002. A lista segue com Itália (6%), Alemanha (4%) e França (2%).
A taxa dos que acreditam no título brasileiro chega a 65% entre os que disseram se interessar por futebol e a 69% entre os que aprovam o desempenho de Scolari.
Mas quanto maior a escolaridade, menor o otimismo. A conquista brasileira é certa para 62% dos que têm até o primeiro grau. A taxa cai para 34% entre os que chegaram à faculdade. O otimismo é inversamente proporcional à renda mensal. Acreditam na conquista 62% dos que recebem até cinco salários mínimos. Mas apenas 40% dos que recebem mais de R$ 2.000 crêem no título.


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