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GRUPO C
Datafolha mostra que 54% acham o técnico bom
Aprovação a Scolari explode após a estréia
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma vitória magra e contestada
sobre a Turquia na última segunda-feira bastou para que Luiz Felipe Scolari subisse no conceito dos
moradores de São Paulo.
Em pesquisa realizada no dia seguinte à estréia do Brasil na Copa,
o Datafolha constatou que a aprovação do treinador aumentou
consideravelmente depois dos 2 a
1 sobre os turcos. Agora, para 54%
dos paulistanos, Scolari tem um
desempenho bom ou ótimo na
seleção -contra 33% do levantamento feito em fevereiro.
Entre os que disseram ter muito
interesse por futebol, a aprovação
a Scolari chega a 60%. O apoio ao
técnico também é maior entre os
paulistanos que têm renda familiar acima de dez salários mínimos (61%) e entre aqueles com
idade entre 16 e 25 anos e com nível secundário ou superior de escolaridade (58% em cada).
A taxa dos que consideram o
técnico da seleção brasileira ruim
ou péssimo diminuiu consideravelmente entre fevereiro e terça-feira passada: de 12% para 6%.
A evolução positiva de Scolari
após a estréia da seleção na Copa-2002 supera a aprovação dos paulistanos em relação a Zagallo medida após o primeiro jogo do Brasil em 1998 -40% dos entrevistados achavam o treinador, hoje
aposentado, bom ou ótimo.
Mas a popularidade do atual
técnico do Brasil ainda está longe
da alcançada por Carlos Alberto
Parreira depois da estréia da seleção nos EUA, em 1994 -na ocasião, após a vitória por 2 a 0 contra
a Rússia, 69% dos paulistanos
consideravam o trabalho do atual
técnico corintiano bom ou ótimo.
O Datafolha entrevistou 1.062
pessoas maiores de 16 anos na capital paulista. A margem de erro
da pesquisa é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Além de responderem sobre
a atuação de Scolari, os entrevistados opinaram sobre o desempenho e as chances da seleção brasileira no Mundial Coréia/Japão.
Assim como nas duas últimas
Copas do Mundo, os paulistanos
estão confiantes em relação à conquista do pentacampeonato.
Para 57%, o Brasil será campeão. Esse percentual é similar
aos aferidos nas pesquisas realizadas após as estréias da seleção nos
dois últimos Mundiais: em 1994,
55% acreditavam na conquista
depois da estréia; em 1998, 56%.
A Argentina tem 12% das apostas para o título de 2002. A lista segue com Itália (6%), Alemanha
(4%) e França (2%).
A taxa dos que acreditam no título brasileiro chega a 65% entre
os que disseram se interessar por
futebol e a 69% entre os que aprovam o desempenho de Scolari.
Mas quanto maior a escolaridade, menor o otimismo. A conquista brasileira é certa para 62%
dos que têm até o primeiro grau.
A taxa cai para 34% entre os que
chegaram à faculdade. O otimismo é inversamente proporcional
à renda mensal. Acreditam na
conquista 62% dos que recebem
até cinco salários mínimos. Mas
apenas 40% dos que recebem
mais de R$ 2.000 crêem no título.
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