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GRUPO C/ AMANHÃ
País representa região pouco valorizada no mercado internacional
Costa Rica joga por "esquecidos"
DO ENVIADO A SEUL
A Costa Rica volta a campo às
6h de amanhã, contra a Turquia,
para tentar chamar a atenção do
mundo para o futebol de uma região de certa forma esquecida.
"Primos pobres" de Brasil, Argentina e Uruguai, os países latino-americanos campeões do
mundo, os dois representantes da
América Central no Mundial não
conseguem emplacar seus atletas
no circuito internacional da bola.
Só 3 dos 23 convocados da Costa Rica jogam no exterior. No México, a outra equipe da região na
Copa, a situação é parecida: são
quatro os "estrangeiros".
E não é porque as seleções da
América Central não tenham um
bom histórico nos Mundiais.
Desde 1986, quando o México
organizou o torneio, tem havido
sempre uma equipe da região na
segunda fase da Copa.
É significativo se comparado à
situação da Ásia, que colocou
uma única seleção nas oitavas-de-final desde o Mundial de 1986.
Apesar disso e das diferenças
culturais, a Coréia do Sul, que
nunca foi à segunda fase, trouxe
do exterior 7 de seus 23 jogadores,
mesmo número que Costa Rica e
México somados.
O adversário costarriquenho do
jogo de amanhã em Incheon é outro bom exemplo do desbalanceamento que ocorre com os países
da América Central.
Mesmo sem ter conseguido passar da primeira fase na única Copa que disputou, em 1954, os turcos, cujos clubes já têm certa tradição, conta com dez jogadores de
sua seleção atuando fora do país.
Mas Costa Rica e México têm
uma chance razoável para propagandear seu futebol nesta Copa. A
Concacaf foi a única entidade que
viu todas suas equipes vencendo
na estréia -os Estados Unidos
também são filiados a ela.
O jogo de amanhã é válido pelo
Grupo C, o mesmo do Brasil.
O defensor Wallace, contundido, pode ser um dos desfalques
dos costarriquenhos hoje.
Do lado turco, as ausências serão Ozalan e Unsal, que, expulsos
na derrota para o Brasil, cumprirão suspensão de uma partida.
Quem joga em busca de seu primeiro gol na Copa Coréia/Japão é
Hakan Sukur, que reclama do
"tratamento" que recebeu da seleção brasileira na segunda-feira.
"Na maior parte dos jogos eu
enfrento dois zagueiros. Mas no
jogo com o Brasil eu estava marcado por três. Não havia nada que
eu pudesse fazer."
(ROBERTO DIAS)
NA TV - Globo e Sportv, ao
vivo, às 6h de domingo
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