São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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GRUPO C/ AMANHÃ

País representa região pouco valorizada no mercado internacional

Costa Rica joga por "esquecidos"

DO ENVIADO A SEUL

A Costa Rica volta a campo às 6h de amanhã, contra a Turquia, para tentar chamar a atenção do mundo para o futebol de uma região de certa forma esquecida.
"Primos pobres" de Brasil, Argentina e Uruguai, os países latino-americanos campeões do mundo, os dois representantes da América Central no Mundial não conseguem emplacar seus atletas no circuito internacional da bola.
Só 3 dos 23 convocados da Costa Rica jogam no exterior. No México, a outra equipe da região na Copa, a situação é parecida: são quatro os "estrangeiros".
E não é porque as seleções da América Central não tenham um bom histórico nos Mundiais.
Desde 1986, quando o México organizou o torneio, tem havido sempre uma equipe da região na segunda fase da Copa.
É significativo se comparado à situação da Ásia, que colocou uma única seleção nas oitavas-de-final desde o Mundial de 1986.
Apesar disso e das diferenças culturais, a Coréia do Sul, que nunca foi à segunda fase, trouxe do exterior 7 de seus 23 jogadores, mesmo número que Costa Rica e México somados.
O adversário costarriquenho do jogo de amanhã em Incheon é outro bom exemplo do desbalanceamento que ocorre com os países da América Central.
Mesmo sem ter conseguido passar da primeira fase na única Copa que disputou, em 1954, os turcos, cujos clubes já têm certa tradição, conta com dez jogadores de sua seleção atuando fora do país.
Mas Costa Rica e México têm uma chance razoável para propagandear seu futebol nesta Copa. A Concacaf foi a única entidade que viu todas suas equipes vencendo na estréia -os Estados Unidos também são filiados a ela.
O jogo de amanhã é válido pelo Grupo C, o mesmo do Brasil.
O defensor Wallace, contundido, pode ser um dos desfalques dos costarriquenhos hoje.
Do lado turco, as ausências serão Ozalan e Unsal, que, expulsos na derrota para o Brasil, cumprirão suspensão de uma partida.
Quem joga em busca de seu primeiro gol na Copa Coréia/Japão é Hakan Sukur, que reclama do "tratamento" que recebeu da seleção brasileira na segunda-feira.
"Na maior parte dos jogos eu enfrento dois zagueiros. Mas no jogo com o Brasil eu estava marcado por três. Não havia nada que eu pudesse fazer." (ROBERTO DIAS)


NA TV - Globo e Sportv, ao vivo, às 6h de domingo



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