São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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GRUPO F/ ONTEM

Bagunça prejudica equipe

Nigéria é eliminada na 1ª fase pela 1ª vez

RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A KOBE

A organização venceu a bagunça no "grupo da morte". Pela primeira vez, a Nigéria, de muito talento e pouco planejamento, cai na primeira fase de uma Copa.
Nigéria e Suécia fizeram um jogo movimentado em Kobe, mas o time com dois treinadores venceu por 2 a 1 o que tem um técnico tampão -enquanto os dois suecos fazem trabalho a longo prazo, garantidos até o final de 2004, o treinador nigeriano só ocupou o cargo no Mundial por ocasião.
Com o resultado, a Suécia fica mais perto das oitavas-de-final. Pega a Argentina agora. ""Eles são os grandes favoritos ao título", disse mais uma vez Lars Lagerback, um dos técnicos suecos.
Os nigerianos, que perderam na estréia para a Argentina por 1 a 0, apostaram em uma escalação ofensiva, pois precisavam mais dos três pontos. Assim, nos primeiros 20 minutos, a Suécia encontrou muito espaço. Em só três minutos, já haviam sido criadas três chances de gol.
Então veio um castigo para os suecos. Após cruzamento de Yobo (o único que acertou em oito tentados), Aghahowa se antecipou ao goleiro Hedman e desviou de cabeça para o gol -na comemoração, deu show com longa sequência de saltos acrobáticos.
O empate sueco não demorou. Larsson recebeu na entrada da área, driblou Okoronkwo e tocou na saída do goleiro Shorunmu.
A partir daí o jogo ficou equilibrado. A Nigéria passou a tocar melhor a bola, e o futebol do habilidoso Okocha apareceu. Ainda no primeiro tempo, ele driblou três suecos, invadiu a área e tocou no canto esquerdo de Hedman. O lateral Lucic cortou a bola, mas a chutou nas pernas de Mjallby -a mesma voltou para o gol e bateu na trave, em um lance patético.
No segundo tempo, a Suécia conseguiu a virada por meio de um pênalti. Larsson caiu na área após disputa com Uzede, e o juiz viu falta. O próprio atacante sueco bateu e marcou seu segundo gol.
O técnico nigeriano tirou o ala-esquerdo Babayaro e pôs Kanu mesmo contundido ("joguei sem estar 100%"). A Nigéria arriscou tudo, mas só conseguiu encontrar a trave em um chute de Yobo da entrada da área. O goleiro Hedman beijou as traves após o final do jogo em ato de agradecimento.
"Eu não sei se foi justo ficarmos fora. Mas esse é o futebol", disse Adegboye Onigbinde, técnico nigeriano que não chamou astros como Finidi, Babangida e Oliseh para "dar chance" a outros.



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