São Paulo, quinta-feira, 08 de junho de 2006

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entrevista

Auxiliar prevê "jogo chato" para o Brasil

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE GENEBRA

Tomislav Ivkovic, 46 anos, o auxiliar de Zlatko Kranjcar, o técnico da seleção de futebol da Croácia, é dono de um português perfeito, obtido nos quatro anos em que defendeu o Sporting Clube de Lisboa e era considerado um dos melhores goleiros da Europa. Foi o titular da meta da Iugoslávia na Copa da Itália em 1990, quando pegou pênalti de Diego Maradona nas quartas-de-final. Ele falou à Folha antes do jogo de ontem da Croácia, que estréia contra o Brasil na próxima terça, em Berlim. (FVB)

 

FOLHA - Como está a seleção croata para a Copa?
TOMISLAV IVKOVIC -
Tudo está de acordo com o planejamento. Programamos os primeiros dez dias de trabalho para o trabalho físico e para alguns amistosos. Vamos tentar fazer o nosso melhor nos dias que faltam para a nossa estréia para estarmos 100% contra o Brasil.

FOLHA - É um bom rival?
IVKOVIC -
Prefiro jogar contra o Brasil que, por exemplo, a Costa Rica. A motivação é muito maior. Mediremos forças contra uma equipe fantástica. Será um jogo muito chato para o Brasil.

FOLHA - Como neutralizar Ronaldinho, Ronaldo, Adriano e outros jogadores brasileiros?
IVKOVIC -
É só pedir a Deus que eles tenham gripe antes do jogo (risos). Teremos de ter uma defesa em bloco e muita concentração para não nos descuidarmos. Nosso time terá de ser compacto para não deixar espaço.

FOLHA - O empate contra o Brasil é um bom resultado para a Croácia?
IVKOVIC -
Acho que é para nós e para o Brasil. Pelo menos na teoria, são as duas equipes mais fortes do grupo e melhores do que Japão e Austrália, mas isso teremos de demonstrar no campo. O mais importante é passar a primeira fase e seguirmos para os jogos eliminatórios, que devem ser equilibrados.

FOLHA - É verdade que certa vez o senhor ganhou cem dólares do Maradona depois de defender um pênalti dele?
IVKOVIC -
É sim. Eu tinha defendido uma penalidade durante o desempate no jogo que a Iugoslávia fez contra a Argentina na Copa de 1990. Meses depois, o Sporting Lisboa, onde eu jogava, cruzou com o Napoli, o time de Maradona na Copa da Uefa e teve um pênalti que ele foi bater. Na provocação, disse a ele que apostava US$ 100 que ele não marcava. Defendi. Depois do jogo ele me pagou.


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