|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Nadal e Federer escrevem história em Roland Garros
Espanhol busca 4º título consecutivo para igualar Borg, enquanto suíço tenta vencer os 4 torneios do Grand Slam
Líder do ranking contrata
treinador especialista no saibro para encontrar tática
a fim de bater tricampeão, que nunca perdeu em Paris
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
A decisão masculina de Roland Garros hoje, às 10h, será
histórica. Basta somente escolher o protagonista.
Tricampeão do torneio, o espanhol Rafael Nadal, 22, não
sabe o que é perder em Paris.
Se mantiver essa condição
hoje, Nadal igualará o feito do
sueco Bjorn Borg, único a conquistar o Grand Slam francês
quatro vezes consecutivas.
Do outro lado, o suíço Roger
Federer tenta, pelo terceiro
ano seguido, fechar o Grand
Slam (ser campeão de todos os
torneios da série mais importante do tênis: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos EUA).
Somente cinco tenistas alcançaram o feito -o americano
Don Budge, o britânico Fred
Perry, os australianos Roy
Emerson e Rod Laver e o americano Andre Agassi, sendo
apenas os dois últimos na Era
Aberta (profissional) do tênis.
Para tentar adentrar nessa
lista, Federer contratou o espanhol Jose Higueras, treinador
especialista no saibro.
Higueras foi quem guiou os
americanos Michael Chang e
Jim Courier em suas conquistas em Roland Garros.
Chang é o mais jovem campeão da história -ao vencer em
1989, tinha 17 anos e três meses. Courier foi bicampeão em
Paris, em 1991 e 1992.
Sob orientação de Higueras,
Federer afirma ser capaz de
evoluir. "Tenho mais variedade, mais oportunidades e vario
mais as minhas táticas."
O suíço, que perdeu 10 das 16
partidas que fez contra Nadal,
diz estar com a tática e o jogo
certos e o físico preparado para
superá-lo. "Ter o Rafa do outro
lado da rede é o maior teste no
saibro. Será melhor vencer o
Aberto da França contra ele."
Nadal concorda que o plano
tático é importante. "É sempre
um pouco diferente", afirmou o
espanhol. "Mesmo que você seja perfeito, é preciso esperar e
ver o que acontece."
Sobre a possibilidade de
igualar o tetracampeonato consecutivo de Borg, Nadal declarou que isso não representava
motivação extra. "Minha única
motivação é jogar bem e tentar
ganhar o título aqui", afirmou.
O espanhol disse ficar lisonjeado com as comparações que
fazem entre ele e o sueco ("Ele
é um dos três melhores da história. Muito obrigado."), mas
afirmou ter pouca condição de
emitir opiniões sobre o hexacampeão de Roland Garros.
"Vi um programa outro dia
sobre o Borg e pude ver alguns
pontos que ele disputou com
[Ivan] Lendl. E isso foi tudo o
que vi no saibro", disse Nadal.
"Já na grama, eu o conheço
mais, pois vemos os jogos dele
em Wimbledon [nas interrupções provocadas pela chuva], e
chove muito em Wimbledon."
Borg parece ter mais interesse na carreira do "sucessor".
Anteontem, ele viu da primeira
fileira a semifinal contra Novak
Djokovic e, com o resto da torcida, aplaudiu Nadal de pé.
Com agências internacionais
NA TV - R. Nadal x R. Federer
ESPN, ao vivo, às 10h
Texto Anterior: Jogos limpam até "embaixada" Próximo Texto: Mais uma: Guga recebe homenagem Índice
|