São Paulo, domingo, 08 de junho de 2008

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Nadal e Federer escrevem história em Roland Garros

Espanhol busca 4º título consecutivo para igualar Borg, enquanto suíço tenta vencer os 4 torneios do Grand Slam

Líder do ranking contrata treinador especialista no saibro para encontrar tática a fim de bater tricampeão, que nunca perdeu em Paris


FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão masculina de Roland Garros hoje, às 10h, será histórica. Basta somente escolher o protagonista.
Tricampeão do torneio, o espanhol Rafael Nadal, 22, não sabe o que é perder em Paris.
Se mantiver essa condição hoje, Nadal igualará o feito do sueco Bjorn Borg, único a conquistar o Grand Slam francês quatro vezes consecutivas.
Do outro lado, o suíço Roger Federer tenta, pelo terceiro ano seguido, fechar o Grand Slam (ser campeão de todos os torneios da série mais importante do tênis: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos EUA).
Somente cinco tenistas alcançaram o feito -o americano Don Budge, o britânico Fred Perry, os australianos Roy Emerson e Rod Laver e o americano Andre Agassi, sendo apenas os dois últimos na Era Aberta (profissional) do tênis.
Para tentar adentrar nessa lista, Federer contratou o espanhol Jose Higueras, treinador especialista no saibro.
Higueras foi quem guiou os americanos Michael Chang e Jim Courier em suas conquistas em Roland Garros.
Chang é o mais jovem campeão da história -ao vencer em 1989, tinha 17 anos e três meses. Courier foi bicampeão em Paris, em 1991 e 1992.
Sob orientação de Higueras, Federer afirma ser capaz de evoluir. "Tenho mais variedade, mais oportunidades e vario mais as minhas táticas."
O suíço, que perdeu 10 das 16 partidas que fez contra Nadal, diz estar com a tática e o jogo certos e o físico preparado para superá-lo. "Ter o Rafa do outro lado da rede é o maior teste no saibro. Será melhor vencer o Aberto da França contra ele."
Nadal concorda que o plano tático é importante. "É sempre um pouco diferente", afirmou o espanhol. "Mesmo que você seja perfeito, é preciso esperar e ver o que acontece."
Sobre a possibilidade de igualar o tetracampeonato consecutivo de Borg, Nadal declarou que isso não representava motivação extra. "Minha única motivação é jogar bem e tentar ganhar o título aqui", afirmou.
O espanhol disse ficar lisonjeado com as comparações que fazem entre ele e o sueco ("Ele é um dos três melhores da história. Muito obrigado."), mas afirmou ter pouca condição de emitir opiniões sobre o hexacampeão de Roland Garros.
"Vi um programa outro dia sobre o Borg e pude ver alguns pontos que ele disputou com [Ivan] Lendl. E isso foi tudo o que vi no saibro", disse Nadal. "Já na grama, eu o conheço mais, pois vemos os jogos dele em Wimbledon [nas interrupções provocadas pela chuva], e chove muito em Wimbledon."
Borg parece ter mais interesse na carreira do "sucessor". Anteontem, ele viu da primeira fileira a semifinal contra Novak Djokovic e, com o resto da torcida, aplaudiu Nadal de pé.


Com agências internacionais


NA TV - R. Nadal x R. Federer
ESPN, ao vivo, às 10h



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