DO ENVIADO A UDDEVALLA

Mazola, 19, não muito mais velho que Pelé, 17, aparecia como esperança de gol do Brasil no jogo de estréia contra a Áustria. E ele marcou logo dois.
""Não sei se é coincidência ou sorte, mas participo sempre de algo pela primeira vez, sinto-me como um bandeirante, aqueles que abriam estradas", falou o ex-jogador.
Disputado por times italianos, Mazola, que defendia o Palmeiras, foi contratado pelo Milan logo após o Mundial. Desde então, vive na Itália, país que defendeu na Copa de 1962.
Ele descreve o primeiro gol brasileiro na Copa. ""Foi um cruzamento da esquerda do Zagallo, matei a bola no peito fora da área e chutei no gol", relembra.
Ele também marcou o terceiro do Brasil nos 3 a 0 nos austríacos -esse, aos 44min da etapa final. ""Foi um lance do Didi. Fiz o gol à esquerda do goleiro."
Mazola admite, no entanto, que não era para ser titular e que, depois, Vavá mereceu a vaga no ataque.
O técnico da seleção, Vicente Feola, o criticou durante a Copa, dizendo que as propostas da Itália haviam mexido com ele.
""Saí do Brasil titular, pois o Pelé estava machucado. O Vavá entrou contra a URSS e depois se machucou. Voltou na semifinal e, como tinha mais experiência do que eu, agarrou a vaga", disse ele.
O hoje comentarista de TV lamenta somente oportunidade de gol perdida contra a Inglaterra, único adversário que o Brasil não bateu. (RBU)


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