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"Homens do
presidente" são
principal alvo
DO PAINEL FC
Os negócios da CBF com
empresas dirigidas por amigos
ou ex-sócios de Ricardo Teixeira, presidente da entidade,
passam a ser agora o principal
alvo da CPI do Futebol, instalada no Senado, que já interrogou o dirigente em dezembro
do ano passado.
Na ocasião, Teixeira saiu ileso da sabatina sobre os contratos da entidade com a Nike e
com a Traffic.
Na pauta dos parlamentares
para o próximo depoimento,
em agosto, está o tópico que já
vem sendo chamado em Brasília de "todos os homens do
presidente", em alusão ao filme homônimo sobre os bastidores do caso Watergate, que
culminou com a renúncia de
Richard Nixon (1913-1994) do
cargo de presidente dos EUA.
Os "homens do presidente
da CBF" -um grupo de empresários- já foram investigados pela CPI da CBF/Nike,
que funcionou na Câmara.
Mas a comissão não conseguiu quebrar os sigilos das empresas de Ricardo Teixeira, o
que, segundo os deputados,
prejudicou as investigações da
comissão da Câmara.
Alguns dos empresários, como o próprio Renato Tira-
boschi, foram sócios do dirigente no ramo de restaurantes
ou no mercado financeiro.
"Pelo que nós apuramos, o
Ricardo Teixeira administra a
CBF como se ela fosse uma
propriedade privada. E tem o
direito de escolher quem ele
quer entre os beneficiados. Daqui para frente é com o Senado
e o Ministério Público", disse o
deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), que foi relator na Câmara.
O relator da CPI do Futebol,
senador Geraldo Althoff (PFL-SC), disse que o caso envolvendo MB-CBF-AmBev é estranho. "Assim que voltarmos do
recesso [em agosto", vamos investigar a fundo o assunto."
A CPI do Senado já havia
aprovado, em maio, a quebra
dos sigilos bancários e fiscal de
Luiz Eduardo Landin Balthazar, Octávio Koeler Plácido
Teixeira Jr. e Ariberto Pereira
dos Santos.
Mas liminares concedidas
pelo STF (Supremo Tribunal
Federal) barraram a medida
tomada pelos senadores.
No recurso ao STF, os empresários alegaram que não
possuem negócios com a entidade e que, por isso, a quebra
dos sigilos não se justificava.
Já Ricardo Teixeira não recorreu contra a quebra de seus
sigilos.
(FM E JAB)
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