São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2004

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BASQUETE

Prefeitura confirma equipe masculina e discute lançamento de time feminino para promover o Pan-2007

Com Barbosa, Rio ensaia seu retorno à elite do Nacional

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem nenhum representante no último Nacional feminino, o Rio quer retomar o caminho da cesta na edição deste ano. A prefeitura tenta montar um time para disputar o torneio, que começa em setembro, depois da Olimpíada.
O Rio já ganhou dois títulos do Nacional feminino, criado em 1998. No primeiro ano de disputa, o Fluminense foi o campeão. Em 2001, com um supertime, foi a vez de o Vasco levantar a taça. No ano passado, porém, não houve representante do Estado no torneio.
"Por enquanto, está confirmado apenas o time masculino, com o Oscar no comando. Nosso objetivo é algo que ultrapasse R$ 250 mil por mês, com o governo participando com R$ 100 mil", contou à Folha o prefeito Cesar Maia.
O time feminino seria dirigido por Antonio Carlos Barbosa, técnico da seleção. Ele se reúne hoje com o prefeito e com Ruy Cesar, secretário de Esporte da cidade.
A audiência também terá a presença de Gerasime Bozikis, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, e Pedro Arantes, mandatário da federação do Rio.
"Ainda estamos em conversas preliminares. O projeto terá a duração de três anos, e a intenção é montar uma equipe para disputar o título do Nacional. Sabemos que isso será difícil no primeiro ano porque muitas atletas já estão comprometidas com equipes do exterior", afirma Barbosa.
A intenção do técnico também é ficar mais perto da confederação. "Além da seleção, desenvolvo muitas outras atividades com a CBB, como clínicas. Para eles, pode ser interessante a minha presença no Rio. Mas ainda preciso conversar sobre isso", diz o técnico, que mora em Bauru (SP).
A prefeitura quer trazer à cidade jogadoras que devem disputar o Pan do Rio-2007 -o time usaria um logotipo da competição no uniforme. Guilherme Kroll, superintendente da federação do Rio e um dos idealizadores do projeto, já tem alguns nomes na mira.
"Gostaríamos de contar com atletas que saíram daqui, como a Erika. Talvez isso não seja possível agora, já que a Erika tem contrato com o Barcelona. Mas pode ser viável no futuro", diz Kroll.
O governo municipal já acertou a vinda do time de vôlei do Rexona, que deixou Curitiba e mandará seus jogos no Rio. O elenco conta com quatro jogadoras na seleção que disputa o Grand Prix: Fernanda, Fabiana, Sassá e Leila.
Já o basquete feminino pode ser viabilizado justamente pelo baixo custo. "Ainda não temos valores, mas será bem menos do que o basquete masculino. Não seria necessário a prefeitura buscar parceiros privados", afirma Kroll.
Para não despertar a ira de torcidas rivais, Cesar Maia descartou a possibilidade de alguma equipe vestir a camisa de um clube de futebol. "Não haverá parcerias desse tipo", declara o prefeito.


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