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FUTEBOL
Dos 24 clubes no Nacional, 14 possuem como homem-gol um trintão ou um atleta muito próximo de se tornar um
Veteranos dominam artilharia do BR-04
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Bola para os "velhinhos".
No Brasileiro-04, é esta a aposta
de uma penca de clubes para marcar gols. Das 24 equipes na disputa, oito têm jogadores com mais
de 30 anos como principais artilheiros. Outras seis agremiações
têm como maiores goleadores
atletas que completam 30 até, no
máximo, o final do próximo ano.
Há dois anos, num Nacional
que ficou marcado pela força jovem, só 6 dos 26 inscritos terminaram suas participações tendo
um veterano como goleador.
Os 14 "vovôs" goleadores de
2004 marcaram juntos 74 gols até
o momento, ou quase 20% de toda a artilharia do Nacional antes
dos jogos marcados para ontem.
Com a saída do palmeirense
Vágner (que marcou oito vezes e
vai para a Rússia), a disputa pela
artilharia está quase toda concentrada em pés veteranos.
No topo estavam até ontem
Edílson, 32, do Vitória, e Alex
Dias, 32, do Goiás. Cada um marcou nove vezes até agora. O baiano negocia com um time do Qatar
e também pode deixar a briga.
Com sete gols na tábua de goleadores estão Petkovic, 31, do Vasco, e Washington, 29, do Atlético-PR. Um pouco mais atrás aparecem, com seis, aparecem Sérgio
Manoel, 32, do Figueirense, Luizão, 28, do Botafogo, e Christian,
29, do Grêmio. Com Vágner fora,
o único novato que está hoje na
disputa pela artilharia é o cruzeirense Dudu, 24, que fez sete gols,
mas já perdeu espaço no seu time.
Até jogadores que se aproximam dos 40 conseguem liderar
seus clubes na artilharia.
O caso mais notório é o de Romário. Aos 37 anos, o atacante,
ajudado pela cobrança de pênaltis, soma quatro gols, o recorde do
Fluminense no certame.
Outro atleta tetracampeão
mundial em 1994 também lidera a
lista de goleadores de seu time.
Aos 34 anos, Viola marcou quatro
vezes pelo Guarani, ou 40% do total de tentos da equipe de Campinas antes das partidas de ontem.
Em um tempo de cofres vazios,
quase todos os trintões goleadores ainda têm o status de bem
mais pagos em seus clubes. Com
salário bancado por um patrocinador, Romário recebe mais de
R$ 100 mil no Fluminense.
Viola não se enquadra no rígido
teto salarial do Guarani. Petkovic
foi contratado pelo Vasco no início do torneio a peso de ouro.
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