Dirigentes dizem que não estão aterrorizados e seguem exigência dos Jogos

LUÍS FERRARI
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Pela primeira vez na história, a delegação argentina que participará de uma edição dos Jogos Pan-Americanos contará com um membro especialista em segurança. Além disso, os atletas receberão dez orientações básicas, para evitar contratempos com a violência.
Mario Moccia, chefe da missão argentina, contou isso à Folha na manhã de sexta-feira na Vila Pan-Americana.
Mas ele fez questão de enfatizar: "Não estamos aterrorizados. São exigências dos Jogos dos novos tempos".
Segundo informou o dirigente, nos Jogos Olímpicos de Atenas, há quatro anos, a delegação do país vizinho já viajara com dois especialistas em segurança. Um deles, Juan Carlos Blanco, diretor de segurança esportiva da Secretaria de Esporte da Argentina, será o responsável pela função na equipe que desembarca no Rio nesta semana.
"Em Atenas, havia o temor terrorista, o que claramente não é o caso agora. O Rio tem problemas de segurança similares aos de qualquer outra cidade grande", disse Moccia.
O chefe da missão insistiu ainda que a decisão de trazer um oficial de segurança seguiu uma sugestão que o Co-Rio (comitê organizador do Pan) fez a todos os países. E elogiou Blanco. "Além de ter sido desportista, ele [Blanco] foi árbitro de futebol durante vários anos. Não será uma presença estranha no contexto dos Jogos, com o qual ele está habituado."
Quando conversou com a reportagem, o argentino não tinha em mãos a lista das recomendações. Mas ele citou algumas de que lembrava.
A cartilha orienta os membros da delegação a andarem sempre em grupo quando estiverem fora da Vila do Pan.
Outra das recomendações citadas é evitar o uso ostensivo de objetos de valor.
Moccia declarou também que irá vigorar uma espécie de toque de recolher para os argentinos. "Durante a competição, diariamente, faremos reuniões com os chefes de todas as modalidades às 22h30. A recomendação é que toda a delegação esteja dentro da Vila antes desse horário. Afinal de contas, os atletas vêm ao Brasil para treinar e competir."
Com 442 atletas e 177 técnicos, árbitros, médicos e dirigentes, a delegação da Argentina é a maior que o país já enviou para uma edição dos Jogos Pan-Americanos.


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