São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2010

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País se une pela seleção e festeja ida à final

LUISA BELCHIOR
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE MADRI

A Espanha já amanheceu vermelha ontem. No dia em que o país inaugurou a temporada de corridas de touros, seguidos por multidões trajadas de branco e vermelho, os espanhóis vestiram-se dessa cor para celebrar a passagem da Fúria para a final da Copa.
Com fogos de artifício, ruas interditadas e muita festa, os espanhóis deixaram de lado a preferência pelos clubes para finalmente começar a torcer para a sua seleção.
"A gente nunca ligou muito para os jogos da Espanha, só íamos para a rua para torcer pelo [Real] Madrid", disse Salvador Conde, 21, que, com seus amigos, parou o trânsito da Gran Vía, a principal rua da cidade, para festejar.
Antes do jogo, universidades cancelaram aulas. Prédios e casas estavam repletos de bandeiras do país. Em Madri, a meca dos bares de "tapas", os que tinham telão ficaram lotados, e os que não tinham, totalmente vazios.
"Antes, ver os jogos da Espanha era uma coisa mais para as crianças", diz a cientista política Cristina Carballero, 26, que ontem teve uma aula de pós-graduação cancelada por causa do jogo.
A mídia também entrou forte na campanha da Fúria. Ontem, o site do jornal espanhol "El País" destacava o "estilo" e o "fôlego" do time.
Na rede de TV aberta que transmitia o jogo, os locutores e comentaristas não paravam de elogiar. "A Espanha está mandando no jogo", dizia o locutor J. J. Santos aos 28min do primeiro tempo.
Durante o dia, bandeiras, cornetas e camisas da seleção dominavam as barracas de camelôs. "Nunca vendemos tanto", falou o vendedor marroquino Jassam Harat.
"Acabo de encomendar as paellas. Vai ser uma festa", afirmou Maria Calderas, dona de restaurante em Madri, sobre a final de domingo.


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