São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2010

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No pasa nada

Depois de passar 3º jogo invicto, Casillas fica a 25 minutos de recorde, e Espanha já festeja sua maior marca sem levar gols em Copas

DOS ENVIADOS A DURBAN

Casillas, goleiro e capitão da Espanha, não é vazado na Copa há 313 minutos. Ele ajudou a defesa espanhola a bater o seu recorde histórico sem ser vazada em Mundiais -282 minutos em 1950.
Sem levar gols no mata- -mata, a Espanha foi vencida na retaguarda pela última vez contra o Chile, quando já acariciava a vaga nas oitavas de final. Apesar de a Fúria ser reconhecida atualmente pelo jogo elegante e ofensivo, é a defesa que tem garantido o sucesso nesta Copa.
Ontem, Casillas fez algumas intervenções no primeiro tempo em cruzamentos. Saiu socando a bola sem maiores perigos. Na segunda etapa, fez mesmo só uma defesa, num chute de Kroos.
O ataque espanhol, apesar da qualidade técnica da equipe, marcou só sete gols. E o tento de ontem foi obra da defesa, do zagueiro Puyol.
O xerife do Barcelona, apelidado de Tarzan, surpreendeu na área de cabeça e surpreendeu também após o jogo. Passou sorridente pelos jornalistas e não falou nada no dia em que marcou o gol mais importante de sua carreira. Coube ao parceiro de zaga, Piqué, falar um pouco.
"Estou muito orgulhoso por todos, muito feliz por esta vitória. Agora só nos resta esperar a final de domingo contra a Holanda", declarou o camisa 3, que subiu de cabeça no lance do gol e só não acertou a bola porque Puyol surgiu em velocidade.
"Ele saltou como um bravo e meteu um golaço", disse Xabi Alonso, volante que também brilhou defensivamente -os alemães pouco chegaram ao campo ofensivo ontem, coisa que os paraguaios, nas quartas, conseguiram fazer ante a Espanha.
Casillas pode na final superar a marca do goleiro uruguaio Muslera, que ficou 338 minutos sem tomar gol na Copa -foi vazado pela primeira vez nas oitavas de final, contra a Coreia do Sul.
Para ser o goleiro com maior tempo invicto no Mundial, Casillas precisará só suportar os primeiros 25 minutos ante a Holanda, que marcou em todos os jogos na Copa -e fez gol nas duas finais de Mundial que disputou.
Hierro, ex-zagueiro da seleção espanhola e que hoje é dirigente da Fúria, lembrou a derrota para a Suíça na estreia, quando a equipe foi posta em dúvida. "Até perder a primeira estávamos bem. A equipe depois melhorou, ganhou confiança, e o resultado é inesquecível, vamos jogar a final", afirmou ele.
Se a defesa espanhola chega à final com aura de intransponível, repetindo o que ocorreu nos últimos jogos da Eurocopa, a da Holanda se mostra vulnerável.
A rival da Espanha foi vazada quatro vezes em seus três jogos no mata-mata. Stekelenburg, goleiro que havia sofrido só um gol na fase de grupos, e de pênalti, falhou nos lances dos dois gols uruguaios. E a defesa laranja deixou um buraco no gol de Robinho nas quartas. (RODRIGO BUENO E RODRIGO MATTOS)


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