|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
No pasa nada
Depois de passar 3º jogo invicto, Casillas fica a 25 minutos de recorde, e Espanha já festeja sua maior marca sem levar gols em Copas
DOS ENVIADOS A DURBAN
Casillas, goleiro e capitão
da Espanha, não é vazado na
Copa há 313 minutos. Ele ajudou a defesa espanhola a bater o seu recorde histórico
sem ser vazada em Mundiais
-282 minutos em 1950.
Sem levar gols no mata-
-mata, a Espanha foi vencida
na retaguarda pela última
vez contra o Chile, quando já
acariciava a vaga nas oitavas
de final. Apesar de a Fúria ser
reconhecida atualmente pelo jogo elegante e ofensivo, é
a defesa que tem garantido o
sucesso nesta Copa.
Ontem, Casillas fez algumas intervenções no primeiro tempo em cruzamentos.
Saiu socando a bola sem
maiores perigos. Na segunda
etapa, fez mesmo só uma defesa, num chute de Kroos.
O ataque espanhol, apesar
da qualidade técnica da equipe, marcou só sete gols. E o
tento de ontem foi obra da
defesa, do zagueiro Puyol.
O xerife do Barcelona, apelidado de Tarzan, surpreendeu na área de cabeça e surpreendeu também após o jogo. Passou sorridente pelos
jornalistas e não falou nada
no dia em que marcou o gol
mais importante de sua carreira. Coube ao parceiro de
zaga, Piqué, falar um pouco.
"Estou muito orgulhoso
por todos, muito feliz por esta vitória. Agora só nos resta
esperar a final de domingo
contra a Holanda", declarou
o camisa 3, que subiu de cabeça no lance do gol e só não
acertou a bola porque Puyol
surgiu em velocidade.
"Ele saltou como um bravo
e meteu um golaço", disse
Xabi Alonso, volante que
também brilhou defensivamente -os alemães pouco
chegaram ao campo ofensivo
ontem, coisa que os paraguaios, nas quartas, conseguiram fazer ante a Espanha.
Casillas pode na final superar a marca do goleiro uruguaio Muslera, que ficou 338
minutos sem tomar gol na
Copa -foi vazado pela primeira vez nas oitavas de final, contra a Coreia do Sul.
Para ser o goleiro com
maior tempo invicto no Mundial, Casillas precisará só suportar os primeiros 25 minutos ante a Holanda, que marcou em todos os jogos na Copa -e fez gol nas duas finais
de Mundial que disputou.
Hierro, ex-zagueiro da seleção espanhola e que hoje é
dirigente da Fúria, lembrou a
derrota para a Suíça na estreia, quando a equipe foi
posta em dúvida. "Até perder
a primeira estávamos bem. A
equipe depois melhorou, ganhou confiança, e o resultado é inesquecível, vamos jogar a final", afirmou ele.
Se a defesa espanhola chega à final com aura de intransponível, repetindo o
que ocorreu nos últimos jogos da Eurocopa, a da Holanda se mostra vulnerável.
A rival da Espanha foi vazada quatro vezes em seus
três jogos no mata-mata. Stekelenburg, goleiro que havia
sofrido só um gol na fase de
grupos, e de pênalti, falhou
nos lances dos dois gols uruguaios. E a defesa laranja deixou um buraco no gol de Robinho nas quartas.
(RODRIGO BUENO E RODRIGO MATTOS)
Texto Anterior: Prancheta do PVC: Semifinal-arte Próximo Texto: Frases Índice
|