São Paulo, sábado, 08 de agosto de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Madson, 1,58 m, é o homem de ferro do ano

Meia só desfalcou o Santos em 1 jogo, recorde entre os grandes de São Paulo

Contra o Avaí, hoje, na Vila Belmiro, jogador, que é quem mais apanha no time, faz a sua 43ª partida oficial na temporada de 2009

Ricardo Nogueira/Folha Imagem
O meia Madson participa no CT Rei Pelé de treino físico do Santos, que hoje encara o Avaí na Vila

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O jogador dos grandes paulistas mais resistente na temporada 2009 tem 1,58 m.
Hoje, contra o Avaí, às 18h30, na Vila, o baixinho Madson, 23, participará do 43º dos 44 jogos oficiais do Santos em 2009. Até agora, o meia só ficou de fora de uma partida -pelo Campeonato Paulista, e por suspensão.
Alguns jogadores do Palmeiras, como Diego Souza e Cleiton Xavier, acumulam mais jogos oficias na temporada, mas isso porque o clube do Parque Antarctica já fez 50 confrontos valendo pontos no ano -os dois meias desfalcaram o time verde pelo menos três vezes.
Não é só pelo tamanho que o recorde de Madson ganha ares de façanha. Ele suporta pontapés, tem sangue frio para não responder às provocações e, ainda, fôlego para jogar tanto mesmo sendo o jogador do Santos com mais funções dentro do campo. Permanece no gramado, em média, 88 minutos por jogo no Brasileiro.
Nenhum jogador santista apanha tanto quanto Madson. Segundo o Datafolha, ele sofre 2,6 faltas por partida, ou 15% de todas as infrações sofridas pela equipe no Nacional.
Pontapés que não o irritaram. Em 16 jogos pelo Brasileiro, além dele, só Paulo Henrique atuou tantas vezes pelo Santos, Madson está zerado nos cartões, tanto nos amarelos quanto nos vermelhos.
O atleta não sente desgaste físico, apesar das múltiplas funções que exerce em campo.
Ele ajuda na defesa. Tem média de 5,1 desarmes por jogo, o dobro da de outros jogadores ofensivos do Santos, como Neymar e Kléber Pereira.
É também o jogador que mais toca na bola no seu time -recebe, em média, 35 passes por jogo. Mais: é o segundo do Santos com mais finalizações (2,3 por partida), o campeão em assistências (média de quase uma por confronto) e o rei dos dribles (3,8 por duelo).
Para Madson, o que incomoda é a preparação para os jogos.
Com bom humor, ele falou sobre a intenção do técnico Vanderlei Luxemburgo de deixar os jogadores do Santos mais tempo concentrados -os atletas estão longe de suas casas desde o último domingo.
Madson diz que está difícil ficar tanto tempo sem a companheira, mas admite que a ideia do técnico é benéfica. "A concentração é importante para unir o time", disse ele, que marcou oito gols nas 42 partidas pelo Santos em 2009.
O time do litoral sul de SP reclama muito do fato de ter enfrentado o Coritiba em Cascavel, no interior do Paraná.
O voo de volta para São Paulo, anteontem, atrasou duas horas e fez a delegação chegar a Santos apenas no começo da madrugada de ontem.


Texto Anterior: Vôlei: Seleção feminina vence na estreia em Macau
Próximo Texto: Clube tenta reagir na bilheteria
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.