São Paulo, sábado, 08 de setembro de 2007

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São Paulo testa poder como visita indesejável

Equipe com a melhor campanha fora pega o Vasco, invicto em São Januário

Time de Muricy, sem revés há 12 partidas, encara jejum de vitórias no estádio do adversário, no qual ganhou pela última vez em 2000

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O melhor visitante do Brasileiro joga hoje num estádio-tabu contra o melhor mandante. Pelas circunstâncias e pelo seu histórico, o confronto com o Vasco hoje, às 16h, em São Januário, é um dos mais perigosos para o líder do Nacional.
Neste campeonato, o time dirigido por Celso Roth venceu nove partidas em casa, uma a mais que o rival do Morumbi. Empatou duas e não perdeu em seus domínios -é a única equipe nessa situação-, enquanto o São Paulo caiu duas vezes no Cícero Pompeu de Toledo.
Além disso, há o passado recente. Depois de vencer por 4 a 0 no longínquo 2000, o time do Morumbi se resigna a perder pontos no estádio vascaíno.
São Januário, aliás, é uma das três fortalezas que o São Paulo não venceu quando as visitou na era pontos corridos. As outra duas são o Beira-Rio, do Internacional, e o Kyocera Arena, do Atlético-PR. A lista ignora os estádios recém-promovidos à Série A de Náutico e Sport.
Há ainda outro fator que, não faz muito tempo, o São Paulo considerava adverso: a escalação do árbitro Carlos Eugênio Simon, que já foi alvo de protestos da diretoria. Dessa vez, sua escalação é bem-vinda por Muricy Ramalho.
"Ainda bem que é o Simon, é um cara experiente e voltou a apitar bem. Tem mais segurança, não tem medo das coisas, deixa o jogo rolar mais."
De fato, um bom teste para o time de Muricy, que defende marcas impactantes toda vez que entra em campo.
São doze jogos sem perder e oito jogos sem sofrer gols. Apenas sete gols sofridos em 24 partidas. Invicto há 808 minutos, Rogério -que completou 17 anos no clube ontem- já ostenta a quarta maior invencibilidade da história do Brasileiro.
E a melhor campanha fora de casa. São sete vitórias, quatro empates e apenas uma derrota como visitante. Se há algum problema, é na falta de reservas para a defesa.
Com o estiramento de Alex Silva e a previsão de duas semanas sem o zagueiro, Muricy não tem mais suplentes no setor. O trio será formado por André Dias, Breno e Miranda, com Richarlyson de sobreaviso para as emergências da defesa.
O esgotamento do time é um dos argumentos inclusive para evitar que o próximo confronto da Copa Sul-Americana não tenha sua sede alterada. O Boca Juniors pretende transferir o jogo de Buenos Aires para Salta (a 1.600 km da capital argentina), o que representaria desgaste físico e econômico.
Como o São Paulo precisa concordar com a alteração, o clube espera que o Boca confirme o vôo fretado e a hospedagem. "Se não botar no papel, não dá", disse Muricy, que tenta manter o foco para hoje.
No Vasco, Celso Roth não terá o zagueiro Jorge Luiz, expulso contra o Grêmio. Já o volante Perdigão, com dores no tornozelo direito, é dúvida. O técnico conta com a volta do meia argentino Darío Conca, que cumpriu suspensão.


NA TV - Vasco x São Paulo Globo (para SP), às 16h, ao vivo

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