São Paulo, segunda-feira, 08 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agressores dizem que Leão iniciou confusão

RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Três agressores do ex-técnico do Santos Emerson Leão afirmaram anteontem, em depoimento à polícia, que agiram para evitar uma "injustiça" sofrida por um "conhecido de vista". Eles afirmaram também que a ação não foi premeditada.
A versão de Higor Kamilo Mendes Chagas, 19, Guilherme Jorge da Silva, 25, e Luiz Felipe Dias de Souza, 18, é de que entraram em confronto com o treinador para "auxiliar" o ex-segurança do Santos Marco Antônio Castelo [Castelão], que estava sendo agredido por Leão, seu advogado, e mais três seguranças do clube. Um dos acusados disse ser membro de uma torcida organizada santista. Os outros dois disseram já terem feito parte da torcida.
Higor Chagas, identificado como a pessoa que arremessou uma barra de ferro contra o ex-técnico santista, afirmou que usava o objeto para se defender e que não pretendia agredir ninguém. "Inquirido sobre o fato de aparecer nas imagens supostamente jogando o objeto em direção à vítima, ele alegou que apenas teve a intenção de se desfazer do objeto. Que, por ser muito pesado, foi jogado para a frente, em direção ao solo", consta no relatório feito pelo 3º Distrito Policial de Santos.
Como disseram à polícia que também foram agredidos, os acusados também passaram por exame de corpo de delito. Eles indicaram à polícial o nome de mais um suposto envolvido na agressão.
Apontado por Leão como o mentor da confusão, Castelo será ouvido amanhã. Um menor de idade, que estava presente no momento da agressão, foi quem revelou à polícia o nome das pessoas que aparecem nas imagens gravadas pelo circuito interno de tv do Santos.
A polícia ouviu também Ronaldo Rapini dos Santos, 21, que negou participação na ação e disse apenas ter tentado "separar a briga". Ele afirmou também que Leão se machucou porque caiu após ser empurrado pelo próprio advogado.
Os acusados devem ser indiciados por lesão corporal dolosa e podem ser condenados à pena de reclusão de três meses a um ano. Segundo João Milhan Gonçalves, delegado do 2º Distrito Policial de Santos -onde o boletim de ocorrência da agressão foi registrado-, casos como estes costumam ter a pena comutada em prestação de serviços à comunidade.
O inquérito deve ser encerrado na semana que vem.


Texto Anterior: Juvenal banca Muricy em 2009
Próximo Texto: De bem: Cuca diz que deixou amigos no time
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.