São Paulo, terça-feira, 08 de setembro de 2009

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VÔLEI

A volta de Ivna


Sucesso na seleção juvenil, ponteira de 19 anos retoma treinos após cirurgia e pode ter chance na equipe adulta


CIDA SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A PERSONAGEM da coluna de hoje é Ivna, 19, a revelação da última Superliga. Ela era a melhor bloqueadora e a segunda maior pontuadora. Aí, sofreu uma séria lesão no joelho: rompeu ligamento, menisco, tudo. Teve de ficar oito meses longe da bola e ser forte. Agora, está voltando.
Você sabe: a posição mais carente no vôlei feminino brasileiro é ponteira com bom passe e estatura. Ivna reúne essas qualidades: é ponteira, não é tão alta, mede 1,84 m, mas tem bela impulsão e muita velocidade no braço. É difícil parar um ataque dela.
Mais: tem um bom bloqueio parado.
Com essas qualidades, era titular do Minas, da seleção juvenil e certamente seria chamada neste ano para ser testada na seleção adulta. A lesão no joelho tirou as chances de Ivna.
Ela ficou fora do Mundial juvenil. O técnico Antônio Rizola disse que sem ela tudo se tornou mais difícil.
A seleção juvenil ficou com o bronze. Rizola foi o técnico que fez de Ivna ponteira. Ela era oposto, não participava da recepção. Nos treinos para o Sul-Americano juvenil de 2008, a ponteira Letícia se machucou. Ivna passou a treinar na ponta e assumiu o posto de capitã.
Rizola diz que Ivna era muito insegura. Depois que virou capitã, mudou a postura. No Sul-Americano, primeiro torneio em que atuou como ponteira, sucesso total: o Brasil foi campeão, ela foi eleita a melhor recepção e a melhor jogadora.
Nos últimos dias, Ivna ganhou estímulo a mais. O técnico José Roberto Guimarães a elogiou e disse que ela deve ter chance na seleção. "Foi um pecado a contusão dela", diz.
Há uma semana, Ivna voltou a treinar com bola e a exercer a paciência. Só pode dar 20 saltos por treino. Para a Superliga, estará recuperada. O Minas vai dar trabalho.
Além de Ivna, ganhou o reforço da dominicana Annerys Vargas e da americana Nancy Metcalf.
Se não tivesse se machucado, Ivna poderia estar na seleção que vai disputar a partir de amanhã o Final Four, no Peru. Para dar um descanso ao grupo principal, Zé Roberto convocou seis novas jogadoras, que se juntaram às seis reservas do time.

TRISTEZA
Uma pena o fim do Bento Vôlei, time gaúcho que disputava a Superliga havia 11 anos. O motivo foi divulgado em comunicado oficial: a dificuldade em conseguir patrocínio. A batalha agora é manter o projeto social do Bento Vôlei, que neste ano atendeu a 548 crianças.

SURPRESAS
O nono lugar no Mundial infanto-juvenil masculino foi a pior colocação do Brasil na história do torneio. Maior surpresa foi o desempenho de seleções sem tradição como Irã (2º lugar), Tunísia (6º) e Índia (7º). A Argentina, com uma nova geração talentosa, ficou em terceiro. A Sérvia foi a campeã.

cidasan@uol.com.br


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