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CICLISMO
CBC já desmarcou passagens
Sem visto, brasileiro diz adeus ao Mundial
DA REPORTAGEM LOCAL
Luciano Pagliarini não cogita
mais a hipótese de competir no
Mundial do Canadá.
O ciclista, radicado na Itália desde 1999, não obteve visto para
voar hoje de Veneza para Hamilton, cidade que abriga o evento.
Pagliarini disputaria no domingo a prova de resistência (260 km)
e quebraria um longo jejum. O
Brasil não emplaca um competidor no torneio desde 1991.
"Não há mais o que fazer por
aqui. O visto demoraria pelo menos cinco dias para sair. Acho que
vai ficar para a próxima", disse
ontem o atleta de sua casa em Treviso, no norte da Itália.
Pagliarini, 25, conta que a Confederação Brasileira de Ciclismo
demorou demais para mandar
uma carta notificando sua convocação para o Mundial. Com o documento em mãos, ele diz que poderia agilizar o processo burocrático no consulado canadense.
"Quando os papéis chegaram,
eu estava competindo na França.
Não deu tempo para correr atrás
de nada", disse Pagliarini, integrante da equipe Lampre-Daikin,
uma das 15 melhores do mundo.
A CBC, por outro lado, alega
que não houve nenhuma falha no
planejamento. De acordo com José Luis Vasconcellos, vice-presidente da entidade, a vaga brasileira no Mundial só foi confirmada
pela União Ciclística Internacional no último dia 2.
"Fizemos tudo no tempo mais
rápido possível. Era preciso que o
Luciano também tivesse se movimentado com antecedência na
Itália. O visto só pode ser dado lá,
e ele sabia há muito tempo que tinha presença assegurada nesse
torneio", contou o dirigente.
As passagens e as reservas no
hotel já foram canceladas pela
confederação. Pagliarini teria o
respaldo técnico de Mauro Ribeiro, protagonista da última participação brasileira em Mundiais de
ciclismo -ele levou sua bicicleta
a Stuttgart, na Alemanha, em 91.
A estada dos brasileiros seria
custeada com recursos da Lei Piva. Em 2003, a CBC deve receber
R$ 816 mil das loterias.
(GR)
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