São Paulo, quarta-feira, 08 de outubro de 2008

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sem magia

Pós-Valdivia, Palmeiras cresce

Com a saída do atleta mais querido da torcida, líder do Nacional, que encara o Figueirense, melhora

Time de Luxemburgo eleva seu aproveitamento de 59,6% para 70,4% depois de se desfazer do meia chileno, vendido ao final do 1º turno


Roberto Scola/Agência RBS
Jogadores do Palmeiras, incluindo Leandro e o artilheiro Alex Mineiro (sentado), participam de atividade do Palmeiras no estádio da Ressacada, em Florianópolis

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras que é líder do Brasileiro e hoje pega o Figueirense, às 22h, encontrou uma justificativa para ter alcançado o topo do campeonato. No clube, é quase um consenso que a saída do chileno Valdivia, então ídolo intocável da equipe, fez o time deslanchar na tabela.
Desde a comissão técnica, passando por alguns jogadores e até pela cúpula do clube, todos dizem que a evolução tem relação com a saída do meia, que foi para o futebol árabe e rendeu cerca de R$ 16 milhões aos cofres palmeirenses.
A explicação é a seguinte: sem Valdivia, o time passou a jogar melhor coletivamente. Quando ele estava na equipe, centralizava muito o jogo.
O Datafolha também atesta isso. Os números mostram que a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo melhorou após a saída do meia, que, segundo pesquisa da TNS Sport, braço da empresa líder mundial em pesquisas, era o jogador mais querido pela torcida.
O jogador vestiu a camisa do clube alviverde até a 19ª rodada do Nacional, ou seja, até o final do primeiro turno, embora não tenha atuado em duas partidas.
O Palmeiras terminou a primeira metade do campeonato na terceira posição, com dez vitórias, quatro empates e cinco derrotas, um aproveitamento de 59,6%. Foram 32 gols marcados e 21 sofridos.
A campanha sem o chileno, que fez Luxemburgo alterar o esquema tático para o 3-5-2, é a segunda melhor do returno. A dez rodadas do fim, os palmeirenses obtiveram seis vitórias, um empate e duas derrotas, um aproveitamento de 70,4%. Foram 14 gols feitos e 11 sofridos.
"Acho que poderia ter havido essa evolução com ele também. Mas o que a gente sempre disse quando vendemos o Valdivia é que a equipe se manteria competitiva sem ele. E é o que está acontecendo agora", afirmou o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio.
Antes mesmo de Valdivia deixar o Palmeiras, o técnico Vanderlei Luxemburgo dizia no clube que, com a venda do atleta, o time mostraria evolução. Em especial o meia Diego Souza, que, de fato, rende mais depois que o colega se foi.
Não à toa, Valdivia e Luxemburgo se desentenderam às vésperas de negociação com o Al Ain, dos Emirados Árabes.
Segundo o Datafolha, o chileno se destacou em vários fundamentos na metade inicial da competição, sendo o segundo mais acionado do torneio, com 34,1 bolas recebidas por jogo.
O time que pega o Figueirense hoje à noite treinou ontem em Florianópolis. Os jogadores também festejam a evolução no torneio. E citam ainda a maior consistência defensiva. "A marcação melhorou, mas o mérito é de todos. O Vanderlei cobra muito que os homens de frente exerçam pressão já no ataque", disse o atacante Alex Mineiro.

NA TV - Figueirense x Palmeiras
Globo (para SP), ao vivo, às 22h



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