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Itália usa brasileiro contra o racismo
Para técnico da Azzurra, país
vive "tempos intolerantes"
DA REPORTAGEM LOCAL
O técnico da seleção italiana,
Marcelo Lippi, espera que a
convocação do zagueiro negro
Fabiano Santacroce, 22, ajude a
combater o racismo no futebol
do país. "Nós vivemos tempos
intolerantes na Itália. Se a presença de Santacroce na seleção
for uma mensagem contra o racismo, eu fico contente", afirmou Lippi, que declarou não
ter levado em conta a cor do
atleta para convocá-lo.
Santacroce nasceu em Camaçari, na Bahia, e foi para a
Itália com quatro anos. Ele é filho de mãe brasileira e pai italiano. Desde o ano passado,
atua pelo Napoli, mas já teve
passagens por Brescia e Como.
O zagueiro também já defendeu a seleção italiana sub-21.
Lippi afirmou estar confiante numa mudança de mentalidade do torcedor italiano em
relação a atos racistas.
"Sou contra qualquer manifestação racista. É a minha cultura e a minha mentalidade.
Apesar disso, no futebol, esses
fenômenos estão crescendo",
afirmou o técnico, que disse esperar "decisões firmes" das autoridades do país. "Existe uma
regra para a suspensão da partida em caso de manifestações
racistas. Mas muitas vezes as
decisões não são tomadas porque se teme que o clima fique
pior", declarou o treinador.
O Napoli, assim como a Udinese, faz boa campanha no Italiano e teve dois jogadores relacionados. Além de Santacroce,
Lippi chamou o meia Christian
Maggio. Já a Udinese irá ceder
o atacante Simone Pepe.
A Itália enfrentará Bulgária e
Montenegro pelo Grupo 8 das
eliminatórias da Copa de 2010.
O duelo com os búlgaros acontecerá em Sofia, no sábado. A
outra partida será quatro dias
depois, em Lecce.
Ontem, Buffon e o meia Camoranesi, ambos da Juventus,
foram cortados por lesões. Para
a vaga do goleiro, foi chamado
Gianluca Curci, do Siena. Lippi
não convocou ninguém para o
lugar de Camoranesi.
Os dois atletas da Juventus
se juntam a uma extensa lista
de atletas campeões mundiais
pela Itália, em 2006, sob o comando de Lippi, com problemas de contusão. Estão fora o
zagueiro Materazzi, o lateral
Grosso e o meia Pirlo.
Após o título na Alemanha
dois anos atrás, e o fracasso na
Eurocopa neste ano, a Azzurra
passa por uma reformulação.
Com agências internacionais
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