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Kaká diz não ser o salvador da pátria
De volta à seleção após quase um ano, meia-atacante, o melhor do mundo em 2007, quer dividir responsabilidades
Time de Dunga, vice-líder das eliminatórias, mas com futebol em baixa, inicia treinos para jogos contra Venezuela e Colômbia
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS
De volta à seleção brasileira,
o meia-atacante Kaká disse ontem que não quer ser visto como "o salvador da pátria".
Fora do time em 2008 por
causa de contusões, o jogador
do Milan é a principal atração
na Granja Comary e poderá ser
confirmado no treino de hoje
na partida contra a Venezuela,
no domingo, em San Cristobal,
pelas eliminatórias da Copa do
Mundo de 2010.
Ele deverá ser escalado por
Dunga no primeiro coletivo no
lugar de Ronaldinho, afastado
pelo treinador para recuperar a
forma física em Milão.
"Não é só minha a responsabilidade. Não sou o salvador da
pátria. Vou tentar ajudar o time
nos meus limites", disse o jogador do Milan, que disputou a
última partida pela equipe nacional em novembro de 2007.
A seleção precisa vencer a
Venezuela para se aproximar
do Paraguai, líder das eliminatórias, e acalmar as críticas em
relação ao trabalho de Dunga.
No mês passado, o time protagonizou um vexame ao empatar com a Bolívia, por 0 a 0,
no Engenhão. Os bolivianos tiveram um jogador expulso no
início do segundo tempo e conseguiram segurar o resultado.
Apesar das atuações irregulares da equipe, a seleção está em
segundo lugar nas eliminatórias, com 13 pontos -o Paraguai tem 17. Os quatro primeiros colocados se classificam para o Mundial da África do Sul.
"'O time voltar a jogar bem é
uma questão de continuidade, e
temos condições de vencer os
próximos confrontos", afirmou
Kaká, que aproveitou o retorno
ao time nacional para defender
a permanência de Dunga.
O meia-atacante foi alvo de
críticas do treinador em maio,
quando passou por uma artroscopia no joelho. A cirurgia gerou uma crise na seleção que
culminou no afastamento do
médico José Luiz Runco. Ele
autorizara a artroscopia.
A decisão do jogador irritou
Dunga. Ele pretendia contar
com Kaká em dois amistosos
nos Estados Unidos e nos confrontos da seleção nas eliminatórias, em junho. O treinador
chegou a admitir disputar o
Mundial de 2010 sem o craque.
"Liguei, esclareci e expliquei
as razões pelas quais não podia
atender as convocações. Iremos conversar ainda sobre esse
assunto pessoalmente e acredito que tudo será esclarecido",
disse o jogador do Milan.
Já Dunga declarou ontem
que não pretende conversar reservadamente com o meia-atacante. "'Só espero que o Kaká
seja o Kaká. Não tenho motivo
para falar especialmente com
ele", afirmou o treinador.
Apesar da recepção fria do
chefe, o melhor do mundo de
2007 disse que estava com
"saudade do clima da seleção".
"Espero passar toda a minha
alegria em campo", definiu.
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