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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br
O fã número 1 de Tite
Carpegiani escalou Ilsinho
no lugar de Casemiro, no intervalo do clássico de ontem, para atacar o setor de
Roberto Carlos. Quer dizer,
atacar ainda mais do que tinha feito no primeiro tempo, em que Lucas segurava
o lateral corintiano e contava também com o apoio de
Jean. Era assim até Dentinho ser deslocado para
aquele setor, minutos antes
do gol de Elias. Se deu certo
no primeiro tempo, daria
mais certo com Jean como
volante e Ilsinho na ala,
pensou Carpegiani.
Pensou errado. Era previsível que Ilsinho, forte no
ataque, fraco na defesa, virasse presa fácil nos contra-ataques planejados pelo
Corinthians. Dentinho marcou Ilsinho demais. Também foi uma flecha na ponta esquerda, até fazer o gol
da vitória por 2 x 0.
O São Paulo foi mais forte
durante a maior parte da
partida. Ou melhor, o São
Paulo buscou mais o gol. No
primeiro tempo, apenas pelo lado direito. Na segunda
etapa, com Ricardo Oliveira
aberto na esquerda e Dagoberto no meio, tentaram por
todos os lados. Consagraram Júlio César, testaram
Chicão e Ralf e os viram impecáveis. Mas é certo dizer
que a vitória corintiana foi
injusta? Ah, não.
O plano corintiano era o
contra-ataque e o todo o
Morumbi sabia. Por volta
dos 30 do segundo tempo,
quando as pernas são-paulinas não suportavam mais
pressionar, o gol de Dentinho anunciava-se. Dono do
melhor ataque do Brasileiro, o Corinthians de Tite fez
quatro jogos e levou um gol.
Carpegiani é fã de Tite
desde 2001. Naquele ano,
foi o primeiro a dizer que o
Grêmio, na época dirigido
pelo atual treinador corintiano, era especial porque
marcava como nenhum outro no Brasil. O Corinthians
de Tite é diferente. Marca
atrás e contra-ataca. Agora, Carpegiani foi o último a
perceber.
SÓ LIBERTADORES
O empate do Botafogo
mantém a disputa ferrenha
pela última vaga na Libertadores. O concorrente mais
forte é o Grêmio. Mas o São
Paulo ainda tem esperança.
É NA QUARTA
Quarta-feira é decisiva para o Palmeiras. No Pacaembu, o time mandou dez jogos e
venceu três, e precisa de Valdivia e Kleber bem. Sem criatividade, Felipão pode ser vítima do contra-ataque.
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