São Paulo, segunda-feira, 08 de novembro de 2010

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Prancheta do PVC

PAULO VINICIUS COELHO pvc@uol.com.br

O fã número 1 de Tite

Carpegiani escalou Ilsinho no lugar de Casemiro, no intervalo do clássico de ontem, para atacar o setor de Roberto Carlos. Quer dizer, atacar ainda mais do que tinha feito no primeiro tempo, em que Lucas segurava o lateral corintiano e contava também com o apoio de Jean. Era assim até Dentinho ser deslocado para aquele setor, minutos antes do gol de Elias. Se deu certo no primeiro tempo, daria mais certo com Jean como volante e Ilsinho na ala, pensou Carpegiani.
Pensou errado. Era previsível que Ilsinho, forte no ataque, fraco na defesa, virasse presa fácil nos contra-ataques planejados pelo Corinthians. Dentinho marcou Ilsinho demais. Também foi uma flecha na ponta esquerda, até fazer o gol da vitória por 2 x 0.
O São Paulo foi mais forte durante a maior parte da partida. Ou melhor, o São Paulo buscou mais o gol. No primeiro tempo, apenas pelo lado direito. Na segunda etapa, com Ricardo Oliveira aberto na esquerda e Dagoberto no meio, tentaram por todos os lados. Consagraram Júlio César, testaram Chicão e Ralf e os viram impecáveis. Mas é certo dizer que a vitória corintiana foi injusta? Ah, não.
O plano corintiano era o contra-ataque e o todo o Morumbi sabia. Por volta dos 30 do segundo tempo, quando as pernas são-paulinas não suportavam mais pressionar, o gol de Dentinho anunciava-se. Dono do melhor ataque do Brasileiro, o Corinthians de Tite fez quatro jogos e levou um gol.
Carpegiani é fã de Tite desde 2001. Naquele ano, foi o primeiro a dizer que o Grêmio, na época dirigido pelo atual treinador corintiano, era especial porque marcava como nenhum outro no Brasil. O Corinthians de Tite é diferente. Marca atrás e contra-ataca. Agora, Carpegiani foi o último a perceber.

SÓ LIBERTADORES

O empate do Botafogo mantém a disputa ferrenha pela última vaga na Libertadores. O concorrente mais forte é o Grêmio. Mas o São Paulo ainda tem esperança.

É NA QUARTA

Quarta-feira é decisiva para o Palmeiras. No Pacaembu, o time mandou dez jogos e venceu três, e precisa de Valdivia e Kleber bem. Sem criatividade, Felipão pode ser vítima do contra-ataque.



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