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São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2003

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FUTEBOL

Asteriscos da tabela serão vitais para rebaixamento e Libertadores

Ponto ganho no tapetão deve definir pendências

DA REPORTAGEM LOCAL

O Campeonato Brasileiro vai chegar na sua última rodada com a ameaça de ver os resultados obtidos em campo e depois alterados no tapetão definirem as pendências da competição.
Tanto na disputa pelas vagas na Taça Libertadores como na luta contra o rebaixamento os asteriscos colocados na classificação pelo STJD devem ser vitais.
Inter e São Caetano, os mais fortes candidatos aos postos restantes no torneio sul-americano, estariam em situação mais delicada se não fossem os pontos obtidos na Justiça esportiva.
Os gaúchos ganharam dois pontos no tapetão, e os paulistas três. Se não fossem esses pontos, o Coritiba estaria hoje na frente dos dois, e o Atlético-MG teria uma posição de vantagem sobre o São Caetano.
Mas é no rebaixamento que pode estar a maior vítima do tapetão. Depois de mais uma derrota, desta vez para o Guarani, em Campinas, o Paysandu corre risco de cair se perder para o Atlético-PR na última rodada do certame. O clube paraense só está nesta situação pelos oito pontos que perdeu por ter escalado atletas, segundo o STJD, irregulares.
Pelos resultados apenas do campo, o Paysandu estaria numa confortável 16ª colocação, longe da ameaça do rebaixamento.
Enquanto o clube do Pará paga bastante caro pelas decisões do tapetão, o Fluminense só não está numa situação mais delicada por força dos asteriscos.
Sem os dois pontos ganhos à custa do Paysandu, o time de Romário teria 47 pontos. Como a Ponte Preta, sem a força do tapetão, teria 48 pontos, o Fluminense seria hoje uma duas equipes condenadas à segunda divisão.
A equipe de Campinas, aliás, esteve envolvida nos dois casos que geraram os asteriscos. Primeiro, perdeu quatro pontos por escalar um jogador irregular. Depois, recuperou três pontos pelo imbróglio do Paysandu.

Disputa jurídica
Se o Paysandu cair, o Campeonato Brasileiro pode parar na Justiça comum. Antes de ver a situação de seu time piorar, o presidente do clube, José Arthur Guedes Tourinho, dizia que caso seu time fosse ameaçado poderia procurar os tribunais.
"Tenho certeza de que vamos escapar do rebaixamento, e estamos usando estes oito pontos como uma poupança. Quando o Paysandu estiver precisando deles, vamos nos mexer", disse o cartola da equipe de Belém.
A CBF e o STJD dizem não se preocupar com liminares obtidas na Justiça comum. Segundo as duas entidades, as alterações de resultados nos tribunais esportivos são totalmente legais.
Em 1999, uma briga na Justiça comum, tendo o Gama como principal protagonista, acabou causando uma virada de mesa que gerou depois a Copa João Havelange e resgatou Bahia e Fluminense à primeira divisão.


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