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FUTEBOL
Asteriscos da tabela serão vitais para rebaixamento e Libertadores
Ponto ganho no tapetão deve definir pendências
DA REPORTAGEM LOCAL
O Campeonato Brasileiro vai
chegar na sua última rodada com
a ameaça de ver os resultados obtidos em campo e depois alterados no tapetão definirem as pendências da competição.
Tanto na disputa pelas vagas na
Taça Libertadores como na luta
contra o rebaixamento os asteriscos colocados na classificação pelo STJD devem ser vitais.
Inter e São Caetano, os mais fortes candidatos aos postos restantes no torneio sul-americano, estariam em situação mais delicada
se não fossem os pontos obtidos
na Justiça esportiva.
Os gaúchos ganharam dois
pontos no tapetão, e os paulistas
três. Se não fossem esses pontos, o
Coritiba estaria hoje na frente dos
dois, e o Atlético-MG teria uma
posição de vantagem sobre o São
Caetano.
Mas é no rebaixamento que pode estar a maior vítima do tapetão. Depois de mais uma derrota,
desta vez para o Guarani, em
Campinas, o Paysandu corre risco
de cair se perder para o Atlético-PR na última rodada do certame.
O clube paraense só está nesta situação pelos oito pontos que perdeu por ter escalado atletas, segundo o STJD, irregulares.
Pelos resultados apenas do
campo, o Paysandu estaria numa
confortável 16ª colocação, longe
da ameaça do rebaixamento.
Enquanto o clube do Pará paga
bastante caro pelas decisões do tapetão, o Fluminense só não está
numa situação mais delicada por
força dos asteriscos.
Sem os dois pontos ganhos à
custa do Paysandu, o time de Romário teria 47 pontos. Como a
Ponte Preta, sem a força do tapetão, teria 48 pontos, o Fluminense
seria hoje uma duas equipes condenadas à segunda divisão.
A equipe de Campinas, aliás, esteve envolvida nos dois casos que
geraram os asteriscos. Primeiro,
perdeu quatro pontos por escalar
um jogador irregular. Depois, recuperou três pontos pelo imbróglio do Paysandu.
Disputa jurídica
Se o Paysandu cair, o Campeonato Brasileiro pode parar na Justiça comum. Antes de ver a situação de seu time piorar, o presidente do clube, José Arthur Guedes Tourinho, dizia que caso seu
time fosse ameaçado poderia procurar os tribunais.
"Tenho certeza de que vamos
escapar do rebaixamento, e estamos usando estes oito pontos como uma poupança. Quando o
Paysandu estiver precisando deles, vamos nos mexer", disse o
cartola da equipe de Belém.
A CBF e o STJD dizem não se
preocupar com liminares obtidas
na Justiça comum. Segundo as
duas entidades, as alterações de
resultados nos tribunais esportivos são totalmente legais.
Em 1999, uma briga na Justiça
comum, tendo o Gama como
principal protagonista, acabou
causando uma virada de mesa
que gerou depois a Copa João Havelange e resgatou Bahia e Fluminense à primeira divisão.
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