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São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2003

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MEMÓRIA

Entidade liberou atleta dopado para ir a Sydney

DA REPORTAGEM LOCAL

A mesma federação que hoje prega o programa "tolerância zero" já fez vistas grossas para casos positivos de doping.
Em 1999, o velocista Jerome Young foi flagrado pelo uso de nandrolona, um esteróide anabólico. Sem punição, ele ajudou os EUA a levarem o ouro no revezamento 4 x 400 m nos Jogos de Sydney-2000.
Em setembro deste ano, o Comitê Olímpico dos EUA admitiu o doping. Segundo o Usoc, não havia em seus arquivos uma explicação para a liberação do atleta. O caso havia sido revelado em agosto pelo "Los Angeles Times".
A federação norte-americana já havia sido inquirida pela Associação Internacional das Federações de Atletismo em 2001, por causa de 13 casos positivos de doping, entre 1996 e 2000, que foram inocentados.
Na época, os EUA recorreram à Corte de Arbitragem do Esporte para não revelarem os nomes e venceram. A USATF tem se apoiado nessa decisão para se defender das pressões pela solução do caso Young.
Em outubro, o Comitê Olímpico Internacional nomeou uma comissão para sugerir uma punição ao atleta.
Na semana passada, a entidade voltou a pressionar. Em reunião em Lausane (Suíça), o COI ameaçou não credenciar os membros da USATF que iriam aos Jogos de Atenas se os documentos sobre o caso do velocista não fossem entregues.


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