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Técnico e Pelé são amuletos em pleito
Marcelo Teixeira, atual presidente, e Paulo Schiff, da oposição, usam ícones na eleição do Santos, hoje
JULYANA TRAVAGLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os candidatos à presidência
do Santos encontraram em
dois ícones da história do clube
apoio para suas campanhas.
Na eleição que acontece hoje,
na Vila Belmiro, a partir das
10h, os associados escolherão o
atual presidente, Marcelo Teixeira, líder da chapa Rumo Certo, que usou o técnico Vanderlei Luxemburgo como cabo
eleitoral, ou optarão pelo concorrente Paulo Schiff, engenheiro e jornalista, que encabeça a chapa Santos Eterno e fala
em tornar Pelé, astro máximo
da história do clube do litoral,
presidente de honra.
Com o atleta do século 20 ao
seu lado, Schiff vê a marca Santos mais forte no Brasil e, principalmente, no exterior. Pelé,
no entanto, ainda não se manifestou sobre as eleições.
"Gostaríamos que cada partida na Vila em que o Pelé estivesse fosse um acontecimento.
É como se fosse a troca da guarda da rainha", explicou à Folha,
por telefone, Schiff, que tenta
pela segunda vez bater Teixeira
nas eleições alvinegras -perdeu em 2005.
Pelo lado da situação, o apoio
declarado de Luxemburgo é
visto como grande trunfo.
Em 2006, o treinador foi o
responsável pela saída do time
da fila do Campeonato Paulista, que perdurava desde 1984.
Luxemburgo ainda levou o bicampeonato do Estadual nesta
temporada, fato que não ocorria no clube desde os anos 60.
O técnico santista já avisou
que não pretende renovar seu
vínculo com o clube caso Teixeira seja derrotado no pleito.
"Temos uma relação franca e
objetivos comuns", disse Teixeira, por e-mail. "A conversa
[para renovação] está muito
boa, a ponto de o Vanderlei espontaneamente condicionar
sua permanência à continuidade do nosso trabalho. Acreditamos que chegaremos a um bom
termo e, por isso, estamos confiantes na sua permanência."
A possível saída de Luxemburgo em caso de vitória da
chapa Santos Eterno não preocupa Schiff, que afirma ter opções de ponta engatilhadas,
"com experiência em Libertadores", mas sem citar nomes
como plano B para 2008.
As recentes denúncias de irregularidades no Conselho Deliberativo do Santos também
não abalam Teixeira. A pior delas, apontada por dissidentes
do grupo de Teixeira, aponta
para 22 conselheiros efetivados de forma ilegal no clube.
"A pseudo-acusação já foi
apurada e constatada infundada", limitou-se a comentar o líder da chapa Rumo Certo.
Nas campanhas, ambos falam de trabalhos com as categorias de base e de planos para
sanar as dívidas santistas.
Mas o ponto que mais preocupa os opositores é o "continuísmo" no Santos, pois Teixeira está no cargo desde 2000.
E Schiff recorre aos mandatos
de Alberto Dualib, no Corinthians, e Mustafá Contursi, no
Palmeiras, como exemplos.
"Tenho medo disso", disse ele.
"Na campanha procuramos
mostrar que o filme do continuísmo começa com vitórias,
mas sempre acaba mal."
"É importante distinguir
continuísmo de continuidade",
disse Teixeira, que prefere o
hall de presidentes como Athié
Jorge Coury e Modesto Roma.
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