São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

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Nem "mala branca" transforma Goiás em rival perigoso

Com só seis finalizações durante jogo, time se torna presa fácil e facilita conquista para equipe são-paulina no Bezerrão

Goiás 0
São Paulo 1

DOS ENVIADOS A BRASÍLIA

O Goiás se dizia aberto à "mala branca". Esperneou por ter que jogar em Brasília. Seu artilheiro, Paulo Baier, prometeu homenagear o pai, gremista, e vencer o São Paulo.
Contudo, entre os times que nada tinham a aspirar na última rodada do Brasileiro-2008, mas que poderiam mudar os rumos da competição com seus resultados, nenhum foi presa tão fácil como o Goiás.
Sem sentir a pressão de um jogo "tudo ou nada", onde o clube tem um histórico recente de fracassos, o São Paulo foi melhor durante todo o jogo.
O time do Centro-Oeste praticamente não ameaçou Rogério. Segundo o Datafolha, foram só seis finalizações, sendo que apenas uma, cabeçada de Fausto no primeiro tempo, exigiu defesa do são-paulino.
Se fosse computado apenas o que aconteceu ontem, o Goiás seria o último tanto no ranking de finalizações quanto no de pontaria do Brasileiro-2008.
Enquanto o Goiás não tinha competência para encarar o São Paulo, a rebaixada Portuguesa chegou a estar na frente do Cruzeiro e os desinteressados Vitória e Botafogo venceram como visitantes, respectivamente, Vasco, que lutava contra o rebaixamento, e Palmeiras, que buscava uma vaga pela Libertadores da América.
O São Paulo superou o Goiás em praticamente todos os fundamentos no Bezerrão.
Na marcação, teve 146 desarmes contra 138 do adversário.
"O segredo foi que o time encaixou a marcação. Quando a gente faz isso, sei que é muito difícil levar gol. Com dez minutos, vi que a partida estava sobre controle", afirmou o técnico Muricy Ramalho, que foi campeão nacional pela terceira vez usando o esquema 3-5-2.
Na criação, o São Paulo goleou. Contra as míseras seis finalizações do Goiás, o time de Muricy Ramalho chutou ao gol 14 vezes, sendo que oito tiveram a direção certa e seis exigiram defesas do goleiro Harlei.
Com Richarlyson no meio-campo no lugar de Jean, o São Paulo sempre teve a iniciativa.
O gol demorou só 23 minutos para acontecer. Rogério bateu falta, Harlei espalmou, o rebote sobrou para Hugo, que chutou cruzado e encontrou Borges. Impedido, marcou seu 16º gol -foi o artilheiro são-paulino.
Dono do melhor aproveitamento até ontem contra os cinco times que encabeçaram a classificação, o Goiás tinha suas principais peças anuladas pela marcação do São Paulo.
O lateral-direito Vitor pouco foi acionado. Maior artilheiro do Brasileiro na era pontos corridos, Paulo Baier nem perto do gol de Rogério chegava.
Nos minutos iniciais do segundo tempo, o São Paulo até ameaçou não repetir o domínio que teve na primeira etapa.
Mas, então, uma chuva torrencial caiu sobre o Bezerrão, cujo gramado, com uma drenagem perfeita, resistiu bem. E, sob as novas condições climáticas, o São Paulo voltou a dominar. Foram oportunidades claras de gol, como aos 13min, quando o meia Hugo, livre, cabeceou em cima de Harlei. Ou aos 24min, quando Dagoberto acabou acertando a trave.
Hélio dos Anjos ainda lançou seu time ao ataque, com as entradas de Adriano Gabiru e Romerito, que pouco produziram.
Para o São Paulo, foi só tocar a bola e esperar o fim do jogo para comemorar.0 (PAULO COBOS, PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)


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