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Rosto desfigurado e surra fazem De la Hoya admitir o fim
Dominado na luta do ano, pugilista americano não retorna para 9º assalto e diz que irá pensar sobre o futuro no ringue
Após subir 2 categorias de peso para o evento e ser visto como o azarão nas apostas, Pacquiao impõe maior revés a nome mais popular do boxe
DA REPORTAGEM LOCAL
Jamais em toda a sua carreira
Oscar de la Hoya, 35, foi tão dominado em um combate como
na madrugada de ontem pelo
filipino Manny Pacquiao, que
controlou a luta do início ao fim
e o derrotou por nocaute técnico, quando o córner do ""Garoto
de Ouro" decidiu que ele não
retornaria para o nono assalto.
Tal foi o domínio de ""Pacman", já considerado o melhor
pugilista da atualidade, levadas
em conta todas as categorias de
peso, quando subiu ao ringue,
que De la Hoya, 35, não teve escapatória senão falar de aposentadoria depois da derrota.
""Meu coração deseja que eu
siga lutando. Mas, quando seu
corpo não responde, o que você
pode fazer? Tenho de ser inteligente e pensar bem sobre meus
planos para o futuro", comentou após a luta De la Hoya, que
se mantinha como o lutador
mais popular do momento.
A Freddie Roach, técnico de
Pacquiao e que já esteve em seu
córner, De la Hoya reconheceu
em referência à fantástica habilidade que o levou a títulos em
seis categorias: ""Freddie, você
está certo, não tenho mais".
O americano havia afirmado
no começo do ano que iria se
aposentar ainda em 2008. Posteriormente, mudou de idéia e
sua equipe já falava que enfrentaria, após bater Pacquiao, o
vencedor do duelo entre Antonio Margarito e Shane Mosley.
""Oscar, você ainda é meu ídolo", consolou, após o combate,
Pacquiao, que exibiu movimentação, velocidade e precisão.
""Não, você é meu ídolo", respondeu, humilde, De la Hoya.
Dois dos três jurados oficiais
viram todos os assaltos vencidos por Pacquiao, e o terceiro
deu só um para o norte-americano, que terminou a luta com
o rosto bastante desfigurado.
A vitória de Pacquiao, 29,
motivou comparações com o
legendário Henry Armstrong
-o americano foi campeão simultaneamente em três categorias distintas de peso há 70
anos (pena, meio-médio e leve).
Em 2008, Pacquiao, que começou a carreira profissional
com 48,1 kg, foi campeão dos
superpenas (até 58,9 kg), leves
(até 61,2 kg) e ontem enfrentou
De la Hoya entre os meio-médios (até 66,6 kg). Ou seja, para
enfrentar De la Hoya, subiu direto duas categorias de peso.
Nas bolsas de apostas, Pacquiao, que registrou sua 48ª vitória, contra 3 derrotas e 2 empates, era o azarão em 2 por 1.
De la Hoya, que soma 39 vitórias, amargou a sexta derrota.
Com agências internacionais
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