São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

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Rosto desfigurado e surra fazem De la Hoya admitir o fim

Dominado na luta do ano, pugilista americano não retorna para 9º assalto e diz que irá pensar sobre o futuro no ringue

Após subir 2 categorias de peso para o evento e ser visto como o azarão nas apostas, Pacquiao impõe maior revés a nome mais popular do boxe


DA REPORTAGEM LOCAL

Jamais em toda a sua carreira Oscar de la Hoya, 35, foi tão dominado em um combate como na madrugada de ontem pelo filipino Manny Pacquiao, que controlou a luta do início ao fim e o derrotou por nocaute técnico, quando o córner do ""Garoto de Ouro" decidiu que ele não retornaria para o nono assalto.
Tal foi o domínio de ""Pacman", já considerado o melhor pugilista da atualidade, levadas em conta todas as categorias de peso, quando subiu ao ringue, que De la Hoya, 35, não teve escapatória senão falar de aposentadoria depois da derrota.
""Meu coração deseja que eu siga lutando. Mas, quando seu corpo não responde, o que você pode fazer? Tenho de ser inteligente e pensar bem sobre meus planos para o futuro", comentou após a luta De la Hoya, que se mantinha como o lutador mais popular do momento.
A Freddie Roach, técnico de Pacquiao e que já esteve em seu córner, De la Hoya reconheceu em referência à fantástica habilidade que o levou a títulos em seis categorias: ""Freddie, você está certo, não tenho mais".
O americano havia afirmado no começo do ano que iria se aposentar ainda em 2008. Posteriormente, mudou de idéia e sua equipe já falava que enfrentaria, após bater Pacquiao, o vencedor do duelo entre Antonio Margarito e Shane Mosley.
""Oscar, você ainda é meu ídolo", consolou, após o combate, Pacquiao, que exibiu movimentação, velocidade e precisão. ""Não, você é meu ídolo", respondeu, humilde, De la Hoya.
Dois dos três jurados oficiais viram todos os assaltos vencidos por Pacquiao, e o terceiro deu só um para o norte-americano, que terminou a luta com o rosto bastante desfigurado.
A vitória de Pacquiao, 29, motivou comparações com o legendário Henry Armstrong -o americano foi campeão simultaneamente em três categorias distintas de peso há 70 anos (pena, meio-médio e leve).
Em 2008, Pacquiao, que começou a carreira profissional com 48,1 kg, foi campeão dos superpenas (até 58,9 kg), leves (até 61,2 kg) e ontem enfrentou De la Hoya entre os meio-médios (até 66,6 kg). Ou seja, para enfrentar De la Hoya, subiu direto duas categorias de peso.
Nas bolsas de apostas, Pacquiao, que registrou sua 48ª vitória, contra 3 derrotas e 2 empates, era o azarão em 2 por 1. De la Hoya, que soma 39 vitórias, amargou a sexta derrota.


Com agências internacionais


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