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Procurador aponta falha do Coritiba
DA REPORTAGEM LOCAL
O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça
Desportiva (STJD), Paulo
Schmitt, creditou a culpa da
batalha campal de anteontem no estádio Couto Pereira à diretoria do Coritiba.
De acordo com Schmitt, a
alegação apresentada pelo
clube de que teria informado
a Secretaria de Segurança
Pública que a partida com o
Fluminense era de alto risco
não isenta a responsabilidade dos dirigentes.
"É uma argumentação falha para um erro grotesco.
Era um evento realizado
num espaço privado, e a responsabilidade era deles [dirigentes]", afirmou Schmitt.
"Se na opinião deles [dirigentes] a Polícia Militar, que
não tem a obrigação de fazer
apenas isso [cuidar dos estádios], não era suficiente, ficava clara a necessidade de se
criar um esquema especial
com segurança particular. A
solução não era colocar os ingressos a R$ 5 para lotar a arquibancada", disse Schmitt.
Durante a semana que antecedeu a partida entre Fluminense e Coritiba, o escritório do presidente do clube
paranaense, Jair Cirino, foi
invadido por torcedores.
Na ocasião, o mandatário
recebeu ameaças e, de acordo com a diretoria do clube
paranaense, a Secretaria de
Segurança Pública teria sido
avisada dos riscos do jogo.
No entanto, para tentar incentivar o time que tentava
escapar da Série B, o clube
reduziu o preço dos bilhetes
de entrada e mais de 32 mil
torcedores compareceram
ao estádio anteontem. Mas
um esquema especial de segurança não foi criado.
A polícia informou ontem
que 700 oficiais foram enviados à região do estádio, sendo que 50 cuidaram só do
gramado do Couto Pereira.
Depois das primeiras avaliações, clube estima que terá
que desembolsar R$ 800 mil
para realizar os investimentos em reparos nas dependências de seu estádio.
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