São Paulo, terça-feira, 08 de dezembro de 2009

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Procurador aponta falha do Coritiba

DA REPORTAGEM LOCAL

O procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, creditou a culpa da batalha campal de anteontem no estádio Couto Pereira à diretoria do Coritiba.
De acordo com Schmitt, a alegação apresentada pelo clube de que teria informado a Secretaria de Segurança Pública que a partida com o Fluminense era de alto risco não isenta a responsabilidade dos dirigentes.
"É uma argumentação falha para um erro grotesco. Era um evento realizado num espaço privado, e a responsabilidade era deles [dirigentes]", afirmou Schmitt.
"Se na opinião deles [dirigentes] a Polícia Militar, que não tem a obrigação de fazer apenas isso [cuidar dos estádios], não era suficiente, ficava clara a necessidade de se criar um esquema especial com segurança particular. A solução não era colocar os ingressos a R$ 5 para lotar a arquibancada", disse Schmitt.
Durante a semana que antecedeu a partida entre Fluminense e Coritiba, o escritório do presidente do clube paranaense, Jair Cirino, foi invadido por torcedores.
Na ocasião, o mandatário recebeu ameaças e, de acordo com a diretoria do clube paranaense, a Secretaria de Segurança Pública teria sido avisada dos riscos do jogo.
No entanto, para tentar incentivar o time que tentava escapar da Série B, o clube reduziu o preço dos bilhetes de entrada e mais de 32 mil torcedores compareceram ao estádio anteontem. Mas um esquema especial de segurança não foi criado.
A polícia informou ontem que 700 oficiais foram enviados à região do estádio, sendo que 50 cuidaram só do gramado do Couto Pereira.
Depois das primeiras avaliações, clube estima que terá que desembolsar R$ 800 mil para realizar os investimentos em reparos nas dependências de seu estádio.


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