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PERFIL
Ministro abre as portas e promete ajuda a dezenas
FÁBIO VICTOR
DO PAINEL FC
WW
Os primeiros lances da gestão
de Agnelo Queiroz no Ministério do Esporte mostram um
político cheio de promessas de
ajuda na ponta da língua e cujo
gabinete parece estar sempre
de portas abertas.
Entre as dezenas de dirigentes e atletas que acorreram à
Esplanada em busca de auxílio
governamental, destacam-se
os representantes dos chamados esportes olímpicos ou de
alto rendimento -e, neste grupo, sobressaem os aliados de
Carlos Arthur Nuzman.
A primeira confederação a
ser recebida em Brasília por
Queiroz foi a de atletismo. O
presidente da entidade, Roberto Gesta de Melo, e os atletas
que o acompanharam ouviram
do ministro a promessa de empenho para que o contrato da
confederação com a Caixa Econômica, encerrado havia pouco tempo, fosse renovado.
No mesmo encontro, Queiroz assumiu o compromisso de
construir uma pista de atletismo na cidade-satélite de Ceilândia, uma antiga reivindicação do ex-atleta Joaquim Cruz.
"Isso não é um gasto, é investimento", justificou.
Um dia depois, o ministro visitou a sede do 69º Campeonato Brasileiro de Xadrez -onde
jogou uma partida com Darcy
Lima, presidente da confederação do esporte, com quem assumiu o compromisso de pôr
em prática um projeto de levar
o xadrez às escolas públicas-
e recebeu em audiência o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Nelson Nastás.
Prometeu incentivar e ampliar
a prática do esporte no país.
Queiroz também esteve com
dirigentes do basquete (participou do lançamento do Brasileiro do esporte) e do vôlei. Neste
caso, foi a Saquarema (RJ) supervisionar obras de um centro
de treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei, no qual
já foram gastos R$ 3,6 milhões
do Estado. Ouviu o pedido de
mais R$ 2 milhões para concluir a obra. Ficou de estudar.
O boxeador Popó foi ao ministro e saiu de Brasília como
um dos esportistas que serão
beneficiados pela nova política
de patrocínio governamental.
Há 35 dias no cargo, Queiroz
já se encontrou com Nuzman
ao menos oito vezes. É, disparado, o dirigente que mais esteve com o ministro. O presidente da Confederação Brasileira
de Futebol, Ricardo Teixeira,
ainda não se avistou com ele.
Os laços estreitos com a "comunidade olímpica" fizeram
assessores alertarem Queiroz
de que era preciso dar atenção
ao esporte mais popular do
país. Ele visitou o Flamengo e
recebeu os presidentes de Santos e Atlético-MG.
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