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São Paulo, domingo, 09 de fevereiro de 2003

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PERFIL

Ministro abre as portas e promete ajuda a dezenas

FÁBIO VICTOR
DO PAINEL FC

WW Os primeiros lances da gestão de Agnelo Queiroz no Ministério do Esporte mostram um político cheio de promessas de ajuda na ponta da língua e cujo gabinete parece estar sempre de portas abertas.
Entre as dezenas de dirigentes e atletas que acorreram à Esplanada em busca de auxílio governamental, destacam-se os representantes dos chamados esportes olímpicos ou de alto rendimento -e, neste grupo, sobressaem os aliados de Carlos Arthur Nuzman.
A primeira confederação a ser recebida em Brasília por Queiroz foi a de atletismo. O presidente da entidade, Roberto Gesta de Melo, e os atletas que o acompanharam ouviram do ministro a promessa de empenho para que o contrato da confederação com a Caixa Econômica, encerrado havia pouco tempo, fosse renovado.
No mesmo encontro, Queiroz assumiu o compromisso de construir uma pista de atletismo na cidade-satélite de Ceilândia, uma antiga reivindicação do ex-atleta Joaquim Cruz. "Isso não é um gasto, é investimento", justificou.
Um dia depois, o ministro visitou a sede do 69º Campeonato Brasileiro de Xadrez -onde jogou uma partida com Darcy Lima, presidente da confederação do esporte, com quem assumiu o compromisso de pôr em prática um projeto de levar o xadrez às escolas públicas- e recebeu em audiência o presidente da Confederação Brasileira de Tênis, Nelson Nastás. Prometeu incentivar e ampliar a prática do esporte no país.
Queiroz também esteve com dirigentes do basquete (participou do lançamento do Brasileiro do esporte) e do vôlei. Neste caso, foi a Saquarema (RJ) supervisionar obras de um centro de treinamento da Confederação Brasileira de Vôlei, no qual já foram gastos R$ 3,6 milhões do Estado. Ouviu o pedido de mais R$ 2 milhões para concluir a obra. Ficou de estudar.
O boxeador Popó foi ao ministro e saiu de Brasília como um dos esportistas que serão beneficiados pela nova política de patrocínio governamental.
Há 35 dias no cargo, Queiroz já se encontrou com Nuzman ao menos oito vezes. É, disparado, o dirigente que mais esteve com o ministro. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, ainda não se avistou com ele.
Os laços estreitos com a "comunidade olímpica" fizeram assessores alertarem Queiroz de que era preciso dar atenção ao esporte mais popular do país. Ele visitou o Flamengo e recebeu os presidentes de Santos e Atlético-MG.


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