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Pequenos de SP decolam com ferrolho
São Caetano, Bragantino e Ituano armam defesas aguerridas, roubam pontos dos grandes e surpreendem no Estadual
Equipes usam esquemas distintos para segurar rivais e ajudam a derrubar média de gols para 2,83 por partida, a menor registrada desde 96
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os socos no ar ficaram mais
raros no Paulista-07. Culpa dos
pequenos. Influência direta das
eficientes retrancas armadas
pelos times coadjuvantes do
Estado, a média de gols do campeonato é a menor em 11 anos.
E o número de equipes com
menos de um tento sofrido por
jogo é recorde na década.
O resultado prático, os grandes não "passeiam" na classificação como nas últimas edições. Quem peita os poderosos,
afinal, são os donos das melhores retaguardas do torneio.
São Caetano e Ituano têm
quatro gols sofridos em sete rodadas e encabeçam o ranking
das defesas. O primeiro é o vice-líder. O segundo aparece em
oitavo, apenas dois pontos distante da turma que estaria hoje
na próxima fase.
O Bragantino, junto com o
São Paulo, tem a terceira defesa
mais sólida -foi vazado somente cinco vezes. A equipe está em quinto lugar e duela por
um lugar nas semifinais.
A quantidade de times (quatro) com menos de um gol sofrido por jogo não encontra paralelo nas edições recentes do
Campeonato Paulista.
Em 2006, nenhum elenco
conseguiu isso. Em 2005, apenas um alcançou a façanha.
Nos casos de Bragantino,
Ituano e São Caetano, a força
na marcação não acontece pela
fragilidade dos rivais: os três já
desafiaram equipes grandes
durante o Estadual.
O time de Itu, aliás, já enfrentou Corinthians, Palmeiras e
São Paulo e sofreu apenas dois
gols nesses jogos.
Para ostentarem números
tão bons, esses três clubes não
repetem a mesma fórmula.
O Bragantino aposta no 3-5-2. E essa tática produz um time
equilibrado, que também consegue um bom desempenho
ofensivo. A equipe do técnico
Marcelo Veiga, ex-jogador do
Santos, já assinalou 15 gols. O
saldo de dez é o segundo melhor do campeonato, atrás apenas do registrado pelo Corinthians após os 5 a 0 de ontem.
Já São Caetano e Ituano
usam o tradicional 4-4-2. E têm
um estilo em que a ordem é
marcar e jogar as esperança de
fazer gols em um só atacante.
Dos 10 tentos assinalados pelo clube do ABC -treinado por
Dorival Júnior, um ex-volante
defensivo-, 6 foram de Somália. A participação de 60% do
atacante, no entanto, fica pequena quando comparada com
a de Sorato no Ituano.
O veterano goleador respondeu por quatro tentos da equipe até aqui, ou 67% da artilharia total da equipe, que foi montada às pressas pouco antes do
Paulista -no comando, o ex-zagueiro Ademir Fonseca.
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