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exemplo
No bolso, São Paulo ensina ao Santos
Em 2007, clube do Morumbi atinge a maior renda da história do futebol brasileiro, superando marca de 2005 do rival
Prévia do balanço tricolor,
ainda não finalizado, indica
total de receitas de R$ 189
milhões em 2007, com 77%
provenientes do futebol
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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Leão, que aceitou inscrever na Taça Libertadores os estrangeiros recém-contratados pelo Santos, anda em campo do CT Rei Pelé
RODRIGO MATTOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Às vésperas do clássico contra os santistas, o São Paulo já
superou os rivais em pelos menos um quesito extracampo: dinheiro no bolso. Levantamento
inicial da diretoria são-paulina
mostrou que o clube fechou
2007 com a maior renda de um
clube brasileiro na história.
Assim, ultrapassou a marca
de 2005 do Santos, que era a
mais vultosa até agora.
Uma prévia do balanço do
São Paulo, ainda não finalizado,
mostra receitas de R$ 189 milhões. Até agora, o recorde anterior era do Santos: 135 milhões, em 2005 -atualizado
pela inflação acumulada, o valor chega a R$ 147 milhões.
O futebol, como é praxe, foi o
departamento que mais contribuiu para a explosão da arrecadação são-paulina. Um total de
R$ 146 milhões foi obtido com
o carro-chefe do clube. A diretoria estima que 50% desse valor tenha sido amealhado com
as vendas de atletas como Ilsinho, Breno e Josué.
É um componente similar à
renda santista em 2005, fortemente influenciada pelos R$ 70
milhões obtidos com a saída de
Robinho para o Real Madrid.
A diferença é como cada um
administrou seu dinheiro. O
Santos teve superávit alto naquele ano, mas torrou com seu
ex-técnico Vanderlei Luxemburgo e com atletas como Zé
Roberto. Hoje, o clube tem dívida em empréstimo bancário
quase igual à sua reserva.
"Temos muitos investimentos para fazer, no Morumbi, no
CT", comenta o diretor financeiro do São Paulo, Oswaldo
Vieira de Abreu. Uma boa parte
do dinheiro arrecadado já foi
investido no clube no ano passado mesmo, já que as despesas
também foram altas.
Tanto que, de sobra, o clube
teve cerca de R$ 34 milhões.
Oficialmente, o superávit deve
ficar em R$ 4 milhões. Isso porque, ao aderir à loteria Timemania, o São Paulo confessou
R$ 30 milhões em dívidas fiscais-o valor será parcelado.
Segundo a diretoria, a maioria dos setores do clube passou
a ter superávit, incluindo o social e o Morumbi. E receitas extras, como os R$ 12,4 milhões
da lei de incentivo ao esporte,
ajudaram a incrementar o total. Antes, a diretoria estimava
que conseguiria R$ 128 milhões, o que deixaria o São Paulo próximo ao Corinthians.
A cada ano, o bicampeão brasileiro aumenta suas receitas
até o total atual. "Se você analisar a negociação do Souza, pode-se repetir essa renda neste
ano", analisa Abreu.
Não é o que aconteceu no
Santos. Daquela receita recorde, houve quedas nos anos seguintes, e atualmente há falta
de recursos para contratar.
"Somos mais simples. Li uma
manchete que era o rival rico
contra o pobre, em outro clássico. Então, vou me comportar
como pobre, jogando com três
zagueiros", diz o técnico santista, Emerson Leão, comparando
a capacidade de investimento
do time com a do adversário.
Resta ao Santos esperar de
revelações, como Neymar, uma
nova bonança. Aos 16 anos, o
jogador assinou seu primeiro
contrato com o time, até 2010,
com multa de 50 milhões.
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