Com 2 gols de Keirrison, time do Parque Antarctica não tem dificuldades para fazer 4 a 1 e reassumir ponta do Paulista

Almeida Rocha/Folha Imagem

Palmeirenses comemoram primeiro gol

Palmeiras 4
Santos 1

PAULO GALDIERI
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL

Era o primeiro clássico do ano. Do outro lado do campo, no Parque Antarctica, estava o Santos. Mas o Palmeiras fez com o tradicional rival o que já havia feito contra times como Mogi Mirim, Marília e o boliviano Real Potosí: atropelou.
Em uma exibição em ritmo alucinante, o Palmeiras goleou o Santos sem as dificuldades comuns a um clássico, duelo que costuma ser muito mais equilibrado do que foi ontem.
Edmílson, Keirrison (duas vezes) e Lenny transformaram em números no placar a superioridade que o Palmeiras mostrou em todo o jogo. Ao Santos só restou o gol de honra, marcado por Kléber Pereira -que, ironicamente, havia projetado uma vitória santista por 3 a 0.
O triunfo recolocou o Palmeiras na ponta do Paulista. Mesmo com um jogo a menos em relação a seus principais rivais, o time alviverde chegou a 15 pontos, um a mais do que o vice-líder, o Corinthians.
Porém, mais do que a liderança na tabela, a goleada serviu para o Palmeiras se firmar como um dos principais favoritos ao título. E dirimiu dúvidas que pairavam sobre o clube, que demorou para contratar, mas que montou um time capaz de golear até em clássico.
O placar a favor da equipe da casa foi tão emblemático que fez os vencedores saírem de campo ainda mais confiantes no bicampeonato. Já os visitantes, atordoados, buscavam razões para a derrota, que deixa o técnico Márcio Fernandes novamente ameaçado.
O primeiro tempo foi um massacre palmeirense sobre a defesa do Santos. Keirrison, Cleiton Xavier, Willians, Diego Souza e o lateral Armero envolveram completamente o sistema defensivo santista.
A superioridade logo foi transformada em vantagem. Aos 15min, Edmilson aproveitou falhas do goleiro e da defesa santista e marcou de bicicleta.
O Santos tentava atacar, mas esbarrava nos próprios erros. O time concentrava suas tentativas pela esquerda, onde estava Léo. Mas o lateral-esquerdo santista se mostrava fora de forma, perdendo divididas de bola e errando passes curtos no ataque e na defesa. Além disso, Madson e Lúcio Flávio estavam bem marcados.
Em contrapartida, o ataque do time da casa imprimia um ritmo veloz nos contra-ataques e logo chegou aos 2 a 0.
Keirrison aproveitou falha de Adaílton e ficou frente a frente com Fábio Costa. O goleiro santista deu um carrinho, o atacante saltou e o árbitro Luiz Flávio de Oliveira marcou pênalti, muito contestado pelo alvinegro. "O Santos é sempre prejudicado pela arbitragem. Se eu falar mais, ainda é capaz de eu ser punido", reclamou o arqueiro santista.
"Eu pulei porque ele ia me pegar. Eu ia me machucar", afirmou Keirrison, que bateu o pênalti e fez o gol.
No segundo tempo, o técnico Márcio Fernandes tentou impor alguma pressão ao colocar Roni no lugar de Lúcio Flávio.
Mas não houve tempo para a recuperação dos visitantes. Com 1min da segunda etapa, Keirrison anotou novamente.
Com 3 a 0 de vantagem, o Palmeiras diminuiu o ritmo. O Santos aproveitou para descontar, com Kléber Pereira.
E, quando o jogo já caminhava em ritmo mais lento, Lenny deu números finais ao clássico.


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