Número 1 do Brasil não defende pontos na Bahia

DA REPORTAGEM LOCAL

Com recorde de premiação mas sem atrair a elite do tênis, o Torneio da Costa do Sauipe pode ser o grande trunfo de Thomaz Bellucci, 21, para melhorar de posição no ranking mundial.
O tenista, número um do Brasil, está em 84º na classificação da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais).
E, por não atrair nenhum ranqueado de primeira grandeza, mas distribuir 250 pontos, o evento pode ser vantajoso para o brasileiro. Bellucci não defende nenhum ponto nesta semana e, em caso de título, chegaria a 1238 pontos e avançaria algumas posições na classificação.
O tenista faz seu jogo de estreia na Bahia contra o italiano Potito Starace, oitavo cabeça-de-chave e 66º do ranking mundial, em data não divulgada pela organização do torneio até o fechamento desta edição.
Os favoritos no Sauipe, porém, são os espanhóis Nicolas Almagro, 18º do ranking, e Tommy Robredo, 21º colocado. Ambos pegam brasileiros na primeira rodada: Almagro enfrenta Ricardo Hocevar, e Robredo, Thiago Alves.
Nesta temporada, Bellucci decidiu deixar os torneios Challenger, de menor pontuação, para se concentrar em eventos da ATP. Por enquanto, porém, seu desempenho tem sido discreto. Ele não passou do qualifying em Auckland e Brisbane e caiu na primeira rodada do Aberto da Austrália -todos disputados em quadra dura.
Simultaneamente ao Torneio da Costa do Sauipe acontecem outros dois eventos oficiais da ATP com a participação de tenistas melhor classificados: o Torneio de Roterdã e o Torneio de San José (EUA).
A competição na Holanda contará com o líder do ranking, o espanhol Rafael Nadal, além de mais três outros top 10: o escocês Andy Murray (4º), o russo Nicolay Davydenko (5º) e o francês Gilles Simon (8º).
Já o campeonato na Califórnia terá a participação de outros três competidores ranqueados entre os dez melhores do mundo: os norte-americanos Andy Roddick (8º) e James Blake (10º) e o argentino Juan Martín del Potro (9º).
O suíço Roger Federer, número dois do ranking e que persegue recorde de troféus em Grand Slams, hoje em poder de Pete Sampras, não estará em atividade na semana -volta no Torneio de Dubai, no dia 23.
O evento do Brasil, que já viu em ação astros como Gustavo Kuerten, Carlos Moyá, Juan Carlos Ferrero e até Nadal, campeão em 2005, é o que distribui prêmios mais modestos.
Neste ano, a competição brasileira concederá um recorde para os padrões locais, US$ 562 mil (R$ 1,27 milhão). A concorrência paga mais.
San José, que também concede 250 pontos ao campeão, anuncia premiação de mais de US$ 1 milhão (R$ 2,26 milhões). Já Roterdã, cujo vencedor ganha 500 pontos no ranking, dará premiação de 1,445 milhão (R$ 4,238 milhões).