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Bellucci, 4º do país na história, corre para estrear na BA
Tenista chega à 28ª posição no ranking da ATP, posto que só Guga, Thomaz Koch e Fernando Meligeni alcançaram
Campeão em Santiago, brasileiro não teve tempo de comemorar e já joga hoje
na Costa do Sauipe, onde defende o vice-campeonato
FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL À COSTA DO SAUIPE
Quarto melhor brasileiro na
história do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), Thomaz Bellucci, 28º
do mundo, precisou se desdobrar para estrear hoje no Torneio da Costa do Sauipe.
O paulista de Tietê só selou a
conquista do título em Santiago por volta da meia-noite e
meia de segunda-feira.
Mas nem teve muito tempo
para celebrar o segundo título
de um torneio de primeira linha no circuito profissional
-só deixou o complexo onde
jogou depois da 1h30.
A van que o levaria para o aeroporto passou em seu hotel às
4h30, e ele só chegou à Costa do
Sauipe (cerca de 70 km de Salvador) no fim da tarde. À noite,
bateu bola por cerca de 50 minutos com o duplista Marcelo
Melo e ganhou um tie-break
"valendo um jantar" por 8/6.
"Praticamente nem dormi.
Mas isso tem dois pontos: cansaço e confiança", afirmou ele.
"Então tenho que botar raça
para superar o cansaço."
O bate-bola aconteceu sem
seu técnico, João Zwestch, que
só chegaria na madrugada.
Hoje, após essa jornada, ele
estreia no único torneio da elite
da ATP no país contra seu compatriota Thiago Alves, não antes das 21h (de Brasília).
A vitória sobre o argentino
Juan Monaco, por 6/2, 0/6 e
6/4, o levou à 28ª posição no
ranking, com 1.351 pontos, apenas quatro atrás do próprio
Monaco. Desde o advento do
ranking da ATP, em 1973, só
Gustavo Kuerten (1º), Thomaz
Koch (24º) e Fernando Meligeni (25º) alcançaram posições
superiores a ele -Luiz Mattar
foi 29º em maio de 1989.
"Pra mim, é uma honra ser o
quarto melhor tenista do país.
Há pouco tempo eu nem era o
centésimo do mundo e agora
estou em 20 e poucos. É muito
legal", afirmou Bellucci, que,
para chegar ao título, precisou
conquistar sua maior vitória.
Na semifinal, ele derrotou o
ídolo local Fernando González,
11º da ATP. Até então, o mais
bem ranqueado que ele havia
vencido era o tcheco Tomas
Berdych, então número 13.
"Foi uma grande semana",
afirmou o brasileiro de 22 anos,
que, mesmo que repita o sucesso agora, não deve apresentar
grande avanço no ranking.
Vice-campeão no ano passado, quando disputou sua primeira decisão no circuito, precisa defender 150 pontos -o
campeão leva 250 pontos.
"Tenho uma partida complicada com o Thiago. Não quero
criar tanta expectativa, mas
quero dar meu melhor", disse o
paulista, que conhece o rival
desde os tempos de juvenil,
mas o enfrenta pela primeira
vez por um grande torneio.
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