DO ENVIADO À COSTA DO SAUIPE

Aos 21, João Souza, o Feijão, nunca havia jogado um torneio ATP Tour, série de elite do circuito profissional.
No sábado retrasado, o paulista de Mogi das Cruzes desembarcou em Santiago às 7h e entrou em quadra poucas horas depois para dar início a mais uma tentativa de entrar em um grande evento.
Ele venceu, não só aquela partida, mas também outras cinco e só foi eliminado nas semis pelo 29º do mundo, o argentino Juan Monaco.
Seu desempenho na capital chilena permitiu ao brasileiro um salto de 53 postos no ranking. Ele ocupa agora a 155ª posição, a melhor da sua carreira. "Fazia uns seis meses que eu vinha batendo na trave, perdendo vários jogos na negra [terceiro set]. O ranking é fruto do trabalho que tenho feito nos últimos anos", afirmou o atleta.
Com a evolução no ranking, Souza já estuda alterar a programação de torneios, feita antes da disputa do Chile. "Agora posso escolher melhor e jogar uns torneios que pedem um ranking melhor", disse ele, que afirmou ainda que pode trocar uma viagem ao Marrocos para disputar torneios nos EUA.
Pupilo de Ricardo Acioly, ex-capitão do país na Davis, Feijão disse que no Chile era um dos 4 dos 32 tenistas da chave principal a não ter viajado com o técnico. "A presença do técnico ajuda. Além da parte técnica, você não precisa se preocupar com burocracias, como marcar quadra, buscar toalha, água... Fica focado só em treinar."
Feijão estreia hoje, por volta das 23h, em seu primeiro grande torneio no país contra Victor Hanescu, quinto cabeça de chave. (FI)


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