São Paulo, terça-feira, 09 de fevereiro de 2010

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VÔLEI

A novidade da temporada


O Pinheiros, sem estrelas e jogando certinho, tem se mostrado capaz de quebrar a hegemonia de Osasco e Rio


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O PREVISÍVEL mundo do vôlei feminino brasileiro está sendo chacoalhado nesta Superliga. O Pinheiros está mostrando força para quebrar a lógica e impedir mais uma final entre Osasco e Rio. O time já terminou o primeiro turno em segundo lugar, no meio do líder Osasco e do Rio, o terceiro colocado.
O Pinheiros é o chamado time operário: não tem estrelas e todo mundo joga certinho, seguindo a tática do técnico Paulo Coco. A equipe, que já desbancou o Osasco na final do Paulista, derrubou a invencibilidade do Rio na semana passada.
Na vitória sobre o Rio, o rival sofreu para marcar a ponteira Thaís, a baixinha de 1,74 m que voa. A impulsão dela é 85 cm. Ela pega a bola a 3,15 m do chão. "É fantástico o alcance dela. É algo de nível internacional", diz o preparador físico do Pinheiros, José Raimundo Leite.
Thaís se esforça muito para manter o potencial físico. Ela trabalha bastante com peso e faz saltos para conseguir sair tanto do chão.
O Pinheiros está ocupando o espaço que seria do São Caetano, do trio de ouro Sheila, Mari e Fofão. Na temporada passada, o São Caetano já não foi bem. Neste ano, continua irregular. Na penúltima rodada, perdeu do São José, o lanterninha da Superliga, que em 12 jogos só conseguiu essa vitória.
Quem está com a bola toda é a Natália, a oposta do Osasco. Sábado, na vitória sobre o Rio, fez 34 pontos, 31 de ataque. Quem foi ao ginásio nem precisava olhar o jogo: só pelo estrondo da bola na quadra dava para saber que o ataque era da Natália, a mão mais pesada do vôlei brasileiro.
Teoricamente, o Osasco é o maior candidato ao título: tem a melhor linha de passe da Superliga (Sassá, Jaqueline e Camila), duas centrais que são um paredão (Thaísa e Adenízia), uma oposta que é um espetáculo (Natália) e duas boas levantadoras que se revezam (Ana Tiemi e Carol).
O Rio perdeu dois jogos seguidos, mas está na luta pelo título. Contra o Osasco, sofreu com a recepção da Regiane, caçada pelo saque do rival.
A levantadora Dani Lins também anda um tanto insegura. O time terá que resolver esses problemas.

A SURPRESA DO SUL
O Caxias do Sul, do técnico Jorge Schmidt, ostenta o mesmo número de vitórias do Pinheiros e do Minas e está em sexto lugar, à frente do Sesi e do Brasil Vôlei. O destaque é o ponteiro Bruno, o melhor atacante do torneio. Ele estava em Portugal e veio este ano para o Brasil.

EUROPEU
O Trentino, dos brasileiros Rapha e Leandro Vissotto, inicia hoje contra o Roeselare, da Bélgica, a luta por uma vaga na próxima fase da Liga dos Campeões da Europa, um playoff com seis times. O jogo de volta será no dia 17. Amanhã, será a vez do Dínamo Moscou, do Dante, enfrentar o Panathinaikos.

cidasan@uol.com.br


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