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Brasil aposta no vácuo de Boca e River
Times do país foram campeões nas últimas duas Libertadores em que a dupla dos gigantes argentinos esteve ausente
Adversários das equipes nacionais na fase de grupos, que começa hoje, têm pouca tradição ou até nenhuma experiência na competição
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os cinco clubes brasileiros
classificados para a Taça Libertadores da América, cuja fase
de grupos começa hoje, escolheram bem a hora de investir
na busca quase obsessiva pelo
título do torneio continental.
Pela primeira vez em 13 anos,
nem Boca Juniors nem River
Plate estarão jogando a competição. E, quando os gigantes argentinos se ausentam, os brasileiros costumam se dar bem.
Nas duas últimas décadas,
quando o futebol brasileiro
passou a valorizar mais a disputa da Libertadores como o principal torneio interclubes, a dupla argentina só se ausentou de
uma mesma edição da competição em duas oportunidades:
1992 e 1997. Em ambas as vezes, o título acabou nas mãos
dos brasileiros -São Paulo e
Cruzeiro, respectivamente.
O hiato entre títulos de times
nacionais na primeira metade
da década de 2000, aliás, coincide com uma sequência de
participações da dupla argentina na Taça Libertadores.
De 2000, quando o Palmeiras
defendia seu título conquistado
na edição anterior, até 2004,
uma edição antes de o São Paulo obter o seu terceiro troféu
continental, Boca e River participaram de todas as edições.
Nesse período, os dois argentinos se firmaram como algozes
dos clubes brasileiros.
Em 2000 e 2003, o Boca foi
campeão derrotando Palmeiras e Santos nas finais. A edição
de 2003 também deu início ao
trauma corintiano com o River.
A equipe argentina foi o algoz
do time do Parque São Jorge
naquela temporada e, depois,
em 2006, nas duas últimas participações do clube alvinegro,
que agora encara a Libertadores como a maior prioridade no
ano que festeja seu centenário.
Se a ausência dos mais tradicionais rivais da Argentina já é
motivo de celebração para Corinthians, Cruzeiro, Flamengo,
Internacional e São Paulo, a
configuração dos grupos dos
brasileiros ajuda a aumentar a
confiança dos times em uma
boa campanha -ou, no mínimo, na chegada à fase de mata-matas da Libertadores.
Dos 15 times que irão enfrentar os brasileiros na primeira
fase, apenas três já foram campeões do torneio. Nenhum ostenta mais do que um título.
Há ainda o caso do Racing
Montevideo, rival do Corinthians logo na estreia. O pequeno clube uruguaio participa pela primeira vez da competição,
a despeito de ter sido fundado
há quase um século.
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