São Paulo, terça-feira, 09 de fevereiro de 2010

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Brasil aposta no vácuo de Boca e River

Times do país foram campeões nas últimas duas Libertadores em que a dupla dos gigantes argentinos esteve ausente

Adversários das equipes nacionais na fase de grupos, que começa hoje, têm pouca tradição ou até nenhuma experiência na competição

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os cinco clubes brasileiros classificados para a Taça Libertadores da América, cuja fase de grupos começa hoje, escolheram bem a hora de investir na busca quase obsessiva pelo título do torneio continental.
Pela primeira vez em 13 anos, nem Boca Juniors nem River Plate estarão jogando a competição. E, quando os gigantes argentinos se ausentam, os brasileiros costumam se dar bem.
Nas duas últimas décadas, quando o futebol brasileiro passou a valorizar mais a disputa da Libertadores como o principal torneio interclubes, a dupla argentina só se ausentou de uma mesma edição da competição em duas oportunidades: 1992 e 1997. Em ambas as vezes, o título acabou nas mãos dos brasileiros -São Paulo e Cruzeiro, respectivamente.
O hiato entre títulos de times nacionais na primeira metade da década de 2000, aliás, coincide com uma sequência de participações da dupla argentina na Taça Libertadores.
De 2000, quando o Palmeiras defendia seu título conquistado na edição anterior, até 2004, uma edição antes de o São Paulo obter o seu terceiro troféu continental, Boca e River participaram de todas as edições.
Nesse período, os dois argentinos se firmaram como algozes dos clubes brasileiros.
Em 2000 e 2003, o Boca foi campeão derrotando Palmeiras e Santos nas finais. A edição de 2003 também deu início ao trauma corintiano com o River.
A equipe argentina foi o algoz do time do Parque São Jorge naquela temporada e, depois, em 2006, nas duas últimas participações do clube alvinegro, que agora encara a Libertadores como a maior prioridade no ano que festeja seu centenário.
Se a ausência dos mais tradicionais rivais da Argentina já é motivo de celebração para Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Internacional e São Paulo, a configuração dos grupos dos brasileiros ajuda a aumentar a confiança dos times em uma boa campanha -ou, no mínimo, na chegada à fase de mata-matas da Libertadores.
Dos 15 times que irão enfrentar os brasileiros na primeira fase, apenas três já foram campeões do torneio. Nenhum ostenta mais do que um título.
Há ainda o caso do Racing Montevideo, rival do Corinthians logo na estreia. O pequeno clube uruguaio participa pela primeira vez da competição, a despeito de ter sido fundado há quase um século.


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